Entre os dias 2 a 4 de novembro, decorreu o Congresso Internacional da Imprensa de Língua Portuguesa no Mundo – XIII Congresso da Associação Portuguesa de Imprensa (API), na Universidade de Aveiro, onde o Jornal de Abrantes (JA) esteve integrado.
Na sessão de abertura, na quinta-feira, dia 2, foi inaugurada a Exposição da Imprensa Centenária Portuguesa, que engloba 31 títulos de todo o país, entre os quais o JA.
A exposição, que esteve em mostra no passado mês de julho no Parlamento Europeu, em Bruxelas, está patente na Universidade de Aveiro, mas de seguida vai percorrer o país de norte a sul, tal como avançou João Palmeiro, presidente da API: “A exposição está pela primeira vez em Portugal. Por nós vai estar na Assembleia da República no princípio de fevereiro do ano que vem. Vai estar na sede da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, numa data que estamos a negociar, mas que será antes do fim do primeiro trimestre de 2018. Para além disso, já sabemos que na Madeira [a exposição] vai estar no princípio de janeiro do próximo ano e temos já vários pedidos de Câmaras Municipais que querem exibir a exposição”.
“É uma exposição que se vai tornar viral”, salientou o responsável.
João Palmeiro a discursar no Congresso
Para além da inauguração da exposição dos periódicos centenários, o Congresso contou com a abordagem a vários temas proferidos por diversos profissionais ligados à área da comunicação social.
“O Regulamento Geral da Proteção de Dados da União Europeia; as Medidas de emergência para a Comunicação Social; Distribuição e Monetização; Empreendedorismo nos Media e Formação Profissional e o Conselho de Imprensa”, foram os painéis em destaque.
O dia de sexta foi marcado pela sessão sobre “Inovação dos Media”, com a participação de responsáveis de várias experiências na área. Foi apresentado, por uma delegação chinesa, o projeto intitulado “Uma Faixa, uma Rota” e foi realizada a apresentação do Congresso da Associação Mundial de Jornais 2018, (World Media Summit) que decorrerá em Cascais em junho do próximo ano.
Em declarações ao Jornal de Abrantes, João Palmeiro salientou que “há muitos anos” a API não tinha “oportunidade de juntar tanta gente e de oferecer às pessoas que vieram até à Universidade de Aveiro, uma oportunidade de conhecerem não só projetos quer no mundo digital, quer no mundo do papel, mas também de conhecer pessoas que estão empenhadas em desenvolver esses projetos”.
O presidente da API referiu que durante o Congresso muitas das problemáticas que assolam a imprensa portuguesa foram abordadas, como também os desafios futuros que se impõem com a era digital.
“Temos de olhar de frente para o digital, mas não nos podemos esquecer que somos editores de jornais em papel. E se nos esquecermos, ficamos igual a qualquer outro conteúdo digital que pode existir. E, portanto, vai ser perdida a memória dessa diferença e daqui a 2 a 3 anos as pessoas vão mesmo um dia acordar sem jornais. Não nos podemos esquecer disso”, fez notar João Palmeiro.
“Hoje foram referidos aqui os desafios mais importantes que se impõem à imprensa, mas sobretudo foram apresentadas as histórias das pessoas ou de empresas que conseguiram começar a encontrar um caminho. Este é o papel da associação,” finalizou.
O Congresso terminou no passado sábado com visitas turísticas na cidade de Aveiro. Joana Margarida Carvalho, diretora do Jornal de Abrantes, esteve em representação do periódico no Congresso Nacional.
O Congresso foi marcado por várias sessões de trabalho
No Congresso, o jornal Região de Leiria apresentou um projeto lançado pela Google que venceu
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