Intitulada “50 Anos a Fazer P.Arte” é uma exposição que pode ser visitada no Centro Cultural Elvino Pereira, em Mação, até 9 de outubro. A exposição é uma mostra dos trabalhos de 50 anos de carreira artística de António Colaço dividida em três áreas distintas. Uma tem a ver com a Ânimo e o artista, outra com os incêndios e uma terceira de amigos de António Colaço.
É uma exposição de 50 anos do trabalho artístico de António Colaço que tem, duas componentes fortes. Uma, com a celebração dos 40 anos da Ânimo, e a outra que junta uma série de outros artistas convidados de Mação, Abrantes e Sardoal. Trata-se de juntar trabalhos naquilo que António Colaço quis fazer em modo coletivo e a que chamou "Vamos incendi'Arte Mação". Para isso convidou os amigos Tozé Cardoso, Carlos Saramago, Luís Ribeiro, José Mexia, Vicente Lourenço e Paulo Sousa a poderem juntar-se e mostrar alguns dos seus trabalhos, a propósito dos incêndios. O artista explicou, de forma rápida, o nascimento da revista Ânimo, na altura diziam que era “o Grémio da Lavoura porque englobava os concelhos de Abrantes, Constância, Gavião, Mação e Sardoal”. Era uma revista com impressão em offset e que teve uma dezena de números.
Carlos Alexandre, o mediático Juiz do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, também esteve presente e fez questão de saudar o amigo. Ambos estiveram no grupo fundador da revista ânimo, há 40 anos na Rua de S. Bento, em Mação. “A ideia que animava o António Colaço quando fundou a Ânimo era a mesma quando ele liderou as rádios piratas, e que muitos dissabores lhe trouxeram. A ele e a outros. E foi a mesma ideia que animou os Capitães de Abril, quando avançaram com o golpe de estado. Essa ideia está testemunhada no podemos usar a palavra (…) e não perdermos o ânimo para o futuro”.
A chaimite foi um sonho de três anos. “Quando o Vasco Lourenço me disse, há 3 anos, que o Chefe de Estado-maior do Exército ia abater quatro chaimites eu disse logo que queria uma para mim”, explicou o artista que depois fez uma homenagem à palavra, já que a “escreveu” toda com caligrafia da escola primária.
A chaimite “Palavril” teve honras de inauguração na sexta-feira, dia 5 de julho, com a presença do secretário de Estado das Florestas, Miguel João Freitas, do presidente da Câmara Municipal de Mação, Vasco Estrela, do presidente da Associação 25 de Abril, Vasco Lourenço, entre os convidados para a visita à 26ª Feira Mostra de Mação.
António Colaço fez questão de dizer que apresentou uma candidatura a poder integrar o “Ninho de Empresas” de Mação, onde quer estabelecer-se e criar o seu ateliê.
Antes, o autarca de Mação, Vasco Estrela, destacou que não “esquecemos ninguém da nossa terra” e realçou a história de uma parte da exposição: Os incêndios de 2017”. E depois deixou a ideia ao secretário de Estado das Florestas, sobre a necessidade de olhar de uma outra forma para as florestas.
Miguel João Freitas, sublinhou o facto de ter aceitado o convite para inaugurar a exposição de um homem [António Colaço] que tem sempre a arte e o jornalismo presente. Acrescentou ou governante que também tem na memória aquilo que aconteceu, em 2017, em Mação. É preciso olhar para a floresta de forma diferente, afirmou o secretário de Estado, dizendo que iria falar com o presidente da Câmara, Vasco Estrela.
Vasco Lourenço, presidente da Associação 25 de Abril, deixou a satisfação por poder colaborar com o concelho de Mação, e deixar uma marca do 25 de Abril. “O país está melhor do que estava há 45 anos”, afirmou o Capitão de Abril, mas deixou a nota de que há muito por fazer. Vincou ainda aquele que foi um compromisso de colaboração entre o poder local e nacional, a propósito das florestas.
Mário Pissarra, foi o amigo convidado por António Colaço para explicar o seu percurso artístico e a forma de fazer a sua arte.
“50 anos a fazer P.Arte” é uma exposição que pode visitar até 9 de setembro no Centro Cultural Elvino Pereira, em Mação.