Chama-se “Da Vinci Simulacrum” e é uma instalação de caixas de luz que estará em exposição no Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes (MIAA) a partir de sábado, dia de 23 de abril, até 25 de setembro. O projeto é da artista Margarida Sardinha e conta com a curadoria de Hugo Dinis.
Como explicou à Antena Livre, “Da Vinci Simulacrum” tem como ponto de partida diversas obras de Leonardo da Vinci, onde se podem ver ‘A Última Ceia’, ‘Mona Lisa’, ‘São João Batista’, e ‘Virgem dos Rochedos’, desconstruindo “pressupostos geométricos existentes num inconsciente coletivo”. E depois é deixar a livre interpretação a cada olhar, porque cada visitante terá uma interpretação própria daquilo que está a ver.
A geometria e a matemática estão presentes na obra de Margarida Sardinha, num projeto que tem muitas influências anglófonas, ou não tivesse a autora vivido cerca de dez anos em Londres. A nota explicativa da exposição adianta que “as obras apresentadas questionam, sobretudo, o modo de apreensão do mundo, mas, também, a análise de uma estrutura interna inata”, mediante uma “profunda investigação e minucioso estudo sobre a simbologia, recorrendo a uma metodologia que advém do conhecimento científico, artístico e religioso”.
A exposição conta com o apoio de Garantir Cultura e da Câmara Municipal de Abrantes, em parceria com a Coleção de Arte Figueiredo Ribeiro.
Margarida Sardinha entrevistada pelo jornalista Jerónimo Belo Jorge
A arte de Margarida Sardinha baseia-se na justaposição de conceitos paralelos em literatura, filosofia, religião, ciência e arte, já tendo obtido vários prémios e nomeações em festivais de cinema internacionais. Licenciou-se em Fine Art Combined Media pela Chelsea College of Art & Design e pela Central Saint Martin’s College of Art and Design (UAL) em Londres, onde viveu dez anos. ganhou o Prémio de Jovens Criadores do Ministério da Cultura e do Grupo Artes e Ideias em 1999. Atualmente vive em Azueira, Portugal.
Galeria de Imagens