Depois dos Caminhos do Ferro e dos Caminhos da Água, de 12 a 15 de outubro irá cumprir-se o terceiro ciclo de um conceito inovador a nível nacional, com 13 municípios unidos na criação de uma programação cultural em rede e na promoção turística da região do Médio Tejo.
Durante quatro dias, entre 12 e 15 de outubro, o Médio Tejo volta a receber percursos artísticos, projetos que envolvem as comunidades locais e espetáculos de dança, música, novo circo e teatro (de sala e de rua). Esta nova caminhada abrange agora 7 dos 13 concelhos da região: Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Ourém, Sardoal, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha, que se irão transformar no palco de 58 momentos com entrada livre, proporcionados por cerca de 20 artistas e companhias, em locais muitas vezes inesperados.
Na sexta-feira, 13, o grupo Danças Ocultas promete contrariar todas as vibrações negativas associadas a este dia e animar até os mais supersticiosos. Com quase 30 anos de carreira, os quatro membros do grupo prometem encher o Cineteatro Municipal de Ourém, pelas 21h30, enchendo o palco com as suas concertinas, que ultrapassam os limites do folclore tradicional, usando uma linguagem moderna e apelativa a todas as gerações.
Criatura aparecerá no dia seguinte, em Vila Nova da Barquinha, às 22h, no parque ribeirinho. Não é uma criatura do Além, claro, mas uma entidade de talento sobrenatural, composta por 11 músicos que se assumem re-tradicionalistas. Depressa o público reparará na familiaridade da música popular portuguesa, mas Criatura reinventa-a com acordes intemporais.
A 15 de outubro, Selma Uamusse promete enfeitiçar com a sua voz, no Cineteatro Paraíso, em Tomar, às 21h30. O gospel é a praia desta moçambicana que, em 2015, deu voz à música de Rodrigo Leão.
De 13 a 15, em vários locais, mas com estreia em Torres Novas, às 11h da manhã, na Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes, dar-se-á outro fenómeno raro, com a fusão perfeita entre histórias e música. Cada espetáculo dos Contatinas revela-se um novo caminho em que as narrações e os sons surpreendem os mais incautos. Luís Correia Carmelo e Nuno Morão combinaram o que levar na viagem e o primeiro tem na lista as palavras e a concertina, enquanto o segundo leva na bagagem a percussão, os sopros e os arranjos musicais.
Verdadeiramente mágica promete ser a estreia da Orquestra Caminhos, a fechar o ciclo destes Caminhos da Pedra, a 15 de outubro, pelas 16h, no Centro Cultural Gil Vicente, no Sardoal. Este é um projeto comunitário dirigido por António Serginho, onde a música criada por músicos amadores locais será apenas ouvida uma vez, pelos felizardos que estejam no local.
Os Caminhos da Pedra fecham a programação da primeira edição da rede cultural Caminhos, que regressará na Primavera de 2018, com mais espetáculos a animar as vilas e cidades do Médio Tejo.