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VN Barquinha: Obras do ARTejo já têm roteiro

21/05/2019 às 00:00

Margarida Pinto Correia e Fernando Freire

Foram apresentadas oficialmente no passado sábado, 18 de maio, as 11 obras do Projeto Artejo, em Vila Nova da Barquinha. Um projeto artístico com a comunidade, promovido em parceria com a Fundação EDP, integrado no ARTE PÚBLICA Fundação EDP, um programa com âmbito nacional e orientação para territórios de baixa densidade, como instrumento de inclusão social.

No sábado foi ainda apresentado o Roteiro ARTEJO, uma publicação que dá a conhecer os artistas e as intervenções realizadas no município no âmbito do Projeto Arte Pública Fundação EDP. Com um mapa do território, qualquer visitante pode agora deixar-se guiar pelo concelho e partir à descoberta das obras de arte espalhadas pelas quatro freguesias.

Fernando Freire, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, falou de um projeto “que demorou um ano” e em que “foram ouvidas as respetivas comunidades, envolvendo artistas e as populações, como convém, e depois priorizando os espaços onde agora podemos apreciar estas pinturas, arte em azulejo e baixos relevos”.

“Uma panóplia de construção de arte que tem muito a ver com o território onde estão integradas, no sentido de cativar as gentes e descentralizar cultura” para as restantes freguesias do concelho, afirmou o autarca.

Carlos Vicente guiou os convidados através do novo Roteiro ARTejo

Já Margarida Pinto Correia, da Fundação EDP, acredita que a arte pública pode mudar a face de um concelho, “até porque a nossa proposta para o país em geral e para o mundo rural, especificamente, foi pela dinamização de zonas em abandono, não necessariamente em abandono civilizacional mas em desagregação. Caso que, definitivamente, não é o de Vila Nova da Barquinha. Uma das grandes validades desta ferramenta é a de atrair pessoas, ser pretexto para outras conversas e também para aumentar a auto-estima local”, porque, como referiu, no caso de Vila Nova da Barquinha “há várias dinâmicas que convergem mas há outras zonas do país onde instalamos arte pública que não tinham mais nada”.

Com sucesso garantido em Vila Nova da Barquinha, Margarida Pinto Correia disse que a experiência a nível nacional “está a ser muito diferente em cada zona porque em todas o mel funcionou, ou seja, em todas criámos polos de atração que são agora um bom pretexto para mobilizar pessoas a visitar e que, normalmente, nunca lá iriam”.

Margarida Pinto Correia, afirmou ainda que, em Vila Nova da Barquinha, o Artejo “é batota da boa”. E explicou que isso acontece porque relativamente ao impacto em Vila Nova da Barquinha, disse não conseguir ter uma perceção real, devido à dinâmica do próprio concelho. “Este é um dos nossos projetos mais difíceis de fazer avaliação direta de impacto porque não dá para medir se, de hoje para amanhã, a economia local se dinamizou e a população local se foi alterando na sua disponibilidade porque aqui está tudo integrado, faz parte de um processo mais vasto do que nós”.

Artejo, um projeto no qual participaram os artistas Alexandre Farto (Vhils), Carlos Vicente, Manuel João Vieira e Violant, num total de 11 obras de arte pública executadas em Vila Nova da Barquinha, Atalaia, Praia do Ribatejo e Tancos e cujo roteiro está agora disponível.

Violant, um dos artistas que integra o ARTejo

O Programa Arte Pública Fundação EDP utiliza intervenções artísticas em espaço público como instrumento de inclusão social. Orientado para territórios de baixa densidade populacional em Portugal, promove o acesso à arte e o envolvimento da população local em novas experiências culturais.

Atualmente, o programa já criou mais de 80 obras e marca presença em Trás-os-Montes, Alto Alentejo, Ribatejo, Médio Tejo e Algarve, contando com o apoio da EDP Distribuição. O Programa Arte Pública está agora a ser alargado também ao Minho (Braga) e à Beira Baixa (Fundão).

No sábado, foi ainda inaugurada a exposição que documenta a realização do projeto, bem como trabalhos de fotografia de Pérsio Basso e Carlos Vicente, vídeos de João Marques Alves e desenhos de Carlos Vicente e Violant.

O fim de semana incluiu também a dinamização de um Instameet ao longo do qual quatro instagramers percorreram o Médio Tejo para darem a conhecer as obras do programa Arte Pública, iniciado em 2015. Os instagramers foram ainda convidados a descobrir a cultura local, com momentos dedicados à gastronomia e a ofícios como a escultura, o figurinismo e a cerâmica.

A Fundação EDP e o Gerador convidaram dois instagramers para fazer parte deste Instameet: o @tozzzze e a @madmenezes. A estes convidados juntaram-se ainda os instagramers vencedores do passatempo que decorreu no Instagram @artepublicafundacaoedp.

 

Instagramers junto à obra "Vila de Oleiros", de Vhils

Obras:

Vila Nova da Barquinha:

. Nau Catrineta; Carlos Vicente com alunos do CEAC – Centro de Estudos de Arte Contemporânea

. Sophia; Violant

. Adolescências; Carlos Vicente com alunos da Escola D. Maria II

. Mayday; Violant

. Quase Banda Desenhada; Manuel João Vieira

. Vertigo; Violant

Atalaia:

. Vila de Oleiros; Vhils

Praia do Ribatejo:

. O Campo; Carlos Vicente

. Ausência; Violant com alunos da Universidade Sénior de Praia do Ribatejo.

Tancos:

. Mãos de Arrais; Carlos Vicente

. Noah, o Barqueiro; Violant e Carlos Vicente

 

Fotos: Carolina Ferreira

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