“Mercado das Artes, Cooperativa Cultural” é o novo projeto que surge para intensificar o conceito “Barquinha é arte”, mas não só, é um projeto abertos aos artistas do Médio Tejo e do país.
Apresentada na passada sexta-feira, no Centro Cultural, perante uma plateia bem composta, a nova cooperativa resultou da iniciativa de Carlos Vicente, Paulo Passos, Marina Honório, Fátima Capela e Pérsio Basso, todos eles com alguma vertente artística.
Paulo Passos, designer de profissão e um dos fundadores, começou por confessar à Antena Livre que a criação de uma cooperativa cultural já era “um sonho antigo” e que curiosamente não era somente um sonho seu, mas sim dos restantes fundadores. “E foi essa partilha que fez a força para que crescesse uma cooperativa”, ressalvou.
“Não eramos propriamente cinco amigos, hoje somos. Mas, por exemplo, eu conheço a Fátima há um ano e comecei a falar com ela sobre esta ideia (…) Todos nós sentimos que nas nossas áreas havia muito para fazer e em rede melhor ainda. E o facto de sermos de áreas diferentes, só nos dá mais força”, fez notar Paulo Passos.
Na apresentação os cinco fundadores usaram da palavra de forma descontraída e apresentaram o projeto que nasceu "num território que respira arte”.
“Estamos no meio da região. É na Barquinha, mas podia ser em Abrantes… Hoje estamos na Barquinha, mas vejo muito toda a região a trabalhar e a cooperar para uma região melhor e é esse o principal ponto que queremos sublinhar”, referiu Paulo Passos.
Quanto a objetivos, o designer avançou que para além da realização de workshops e exposições, a nova cooperativa quer “juntar pessoas, criar uma rede social (…) uma rede social onde seja possível melhorar o trabalho criativo”. Outro objetivo, passa pela “formação criativa, na área das artes” e na partilha de “serviços em termos artísticos”.
No toca aos eventos, Paulo Passos avançou que o sonho é fazer “uma bienal, era levar o sonho ao extremo, o que não é impossível. Mas claro que queremos fazer pequenos eventos". Nomeadamente, "eventos de partilha de informação”.
Ainda sem um espaço definido, os cinco cooperantes aguardam o apoio camarário para sediar o projeto. Neste momento, dispõe de uma sala no CEAC para reunirem. E esperam contar com um novo espaço onde seja possível acolher os cooperantes e expor o trabalho desenvolvido.
Presente na cerimónia, Fernando Freire, presidente da Câmara Municipal, congratulou-se com o novo projeto artístico e avançou à Antena Livre que no seu entendimento se trata de um projeto “estrutural para Vila Nova da Barquinha”.
“Desde os primórdios que a Barquinha tem apostado na arte, na cultura e na ciência. [O Mercado das Artes] é um projeto que se enquadra objetivamente nesta temática, que é reunir artistas, cooperarem entre uns e outros, num território que é o Médio Tejo”, aludiu o autarca.
Por último, Paulo Passos explicou ainda que o nome Mercado das Artes “era o nome inicial para o parque de esculturas [com sede em Vila Nova da Barquinha]. E nós fomos buscar esse nome, porque achámos que era um nome engraçado e que tudo tinha a ver com este projeto”.
O Mercado das Artes, Cooperativa Cultural já tem interessados e alguns já se converteram em cooperantes.
Para ingressar no novo projeto é necessário proceder ao pagamento de uma joia de ingresso com um custo de 300 euros que pode ser paga em prestações e uma quota mensal de 5 euros + IVA. Os cooperantes usufruem de alguns benefícios como descontos nos cursos, workshops, eventos, etc.
O projeto tem uma página no Facebook.