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No seguimento da notícia publicada sexta-feira, dia 01 de setembro de 2023, pela agência Lusa na qual informa ter recebido uma carta endereçada pela Federação Portuguesa de Motonáutica (FPM), assinada pelo diretor executivo da Federação Internacional de Esqui Aquático e Wakeboard (IWWF), Paul Fong, declarando não reconhecer o Nautique WWA Wakeboard World Championships, a decorrer de 31 de agosto a 03 de setembro, em Ferreira do Zêzere, a organização vê como útil a utilização do seu direito de resposta, uma vez que não foi possível exercê-la anteriormente.
A agência Lusa contactou o organização sexta-feira, 01 de setembro, às 19h50, no momento em que decorria o Jantar de angariação de fundos para a Associação de Bombeiros Voluntários de Ferreira do Zêzere, inserido na programação, no qual se encontrava a organização. Para além do ruído e da impossibilidade de abandonar o evento, importa referir que teria sido crucial que a Lusa tivesse atribuído à organização tempo para responderem da mesma forma que a fonte da notícia (documentalmente), ao invés de verbalmente. A notícia foi avançada nessa mesma noite com base na leitura de um documento, pelo que, por tratamento igual e justeza na abordagem, pede-se à Lusa que dê conta da legítima resposta “do outro lado”, de igual forma.
Nesta missiva, da qual foi retirada a alegação de Paul Fong, referido que “os Mundiais são da sua responsabilidade”, onde pode-se ler igualmente “que esta federação internacional é a única reconhecida pelo Comité Olímpico Internacional (COI) como organismo de cúpula do wakeboard”, esclarece-se que o Wakeboard não é uma modalidade olímpica, pelo que não se aplica qualquer jurisdição por parte do Comité Olímpico, ou até mesmo atribuição de reconhecimento a qualquer entidade.
“O WWA Wakeboard World Championships, já se realiza há 36 anos consecutivos, sendo mundialmente reconhecido como o verdadeiro pináculo competitivo da nossa modalidade. Este evento tem uma história de 13 anos à frente de qualquer outro campeonato sancionado por distintas organizações e nós continuamos a estabelecer parcerias com as marcas líderes mundiais, com a missão de mostrar os atletas de elite nas categorias profissionais e amadoras”, explica Shannon Starling, presidente da WWA. “Nós representamos o core da modalidade, colocando os atletas em primeiro lugar e mantendo o foco em garantir o crescimento mundial da mesma. O calibre dos atletas em competição nos eventos da WWA por todo o mundo é o testemunho definitivo da posição da nossa organização, reconhecida como líder mundial”.
Importa ainda questionar as afirmações que referem “pelo que os próximos mundiais‘serão em 2024’, após uma edição em Rieti, Itália, em julho de 2022, e não este evento em Ferreira do Zêzere”, ou “aquele Município de Santarém recebe este fim de semana um evento divulgado como sendo um campeonato do mundo”, e ainda “já em 2015, na primeira vez que foi disputado no Lago Azul, esta competição foi designada de Mundial decorrendo, tal como este ano, sob a alçada de uma outra federação internacional, a World Wake Association (WWA)”, sentenças estas que pressupõem que o evento não tem direito legal quanto ao título que utiliza, o que não corresponde à verdade.
Dito isto, apenas se acrescenta que a existir alguma questão sobre a legitimidade da utilização do nome, será sempre uma problemática de tratamento internacional entre jurisdições mundiais e nunca algo a ser esclarecido em território nacional. Num evento único que se realiza em Portugal com o apoio de entidades públicas portuguesas, inclusive com o conhecimento oficial do Instituto Português do Desporto e Juventude, é lamentável que se tente danificar a imagem da modalidade e dos atletas envolvidos
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