O resultado preliminar do concurso público para o Ponto de Injeção na Rede do Pego deveria ser conhecido segunda-feira, dia 7 de fevereiro, de acordo com as datas do processo, mas a Direção-Geral de Energia e Geologia publicou já esta sexta-feira, dia 4, o documento que revela que a Endesa teve a melhor pontuação neste concurso.
De acordo com o júri, do qual fazem parte representantes do Município de Abrantes, da CIM do Médio Tejo e da CCDR de Lisboa e Vale do Tejo, entre outras personalidades, terá atribuído a melhor pontuação ao projeto da Endesa. A elétrica espanhola do grupo italiano Enel terá conseguido uma pontuação de 3,72, tendo a Tejo Energia ficado no segundo lugar com 3,27 pontos.
Ainda no mesmo relatório (PODE VER AQUI) pode verificar-se que a Greenvolt ficou em terceiro lugar, com 3,18 pontos, o consórcio da Bondalti com a Brookfield ficou em quarto, com 2,16 pontos, a Voltalia com 2,02 pontos ficou no penúltimo lugar e a EDP Renováveis ficou em último lugar, com 1,57 pontos.
O júri é constituído por Maria José Espírito Santo (DGEG), Paulo Partidário (DGEG), José Alho (CCDR-LVT), Miguel Pombeiro (CIM-MT) e Ricardo Aparício (Município Abrantes).
O concurso público vai agora para a audiência de interessados, que permitirá a todos os concorrentes a possibilidade de contestação da avaliação feita pelo júri, devendo o relatório final ser publicado a 21 de fevereiro.
A Tejo Energia tem como acionistas a Endesa (43,75%) e a Trustenergy (56,25%). A Trustenergy, recorde-se tem como acionistas a japonesa Marubeni e a francesa Engie.
Os dois acionistas desentenderam-se sobre o futuro da Central do Pego pós-carvão. Ou seja, a empresa tinha um contrato de aquisição de energia (CAE) válido até novembro de 2021. A Central perdeu a licença para produzir e injetar eletricidade na rede nesta data e o governo decidiu lançar um concurso público para este Ponto de Injeção na Rede com produção de energia sem recurso a fontes fósseis.
De acordo com o jornal Expresso a ideia da Endesa aponta a componentes de energia eólica e solar fotovoltaica, armazenamento com baterias e produção de hidrogénio verde.
De acordo com a mesma publicação, este projeto vencedor do concurso tem como base a criação de uma estrutura fotovoltaica de 365 megawatts (MW) e parques eólicos de 264 MW.
Já era do conhecimento publico, muito antes deste concurso, que a Endesa aponta a um investimento de pelo menos 500 milhões de euros.