A Oceanfolio tem sede na Zona Industrial de VN da Barquinha
A aventura começou no ano de 2010, em Fátima, para Joaquim Ferreira e Gonçalo Rodrigues. Mas hoje, é na zona industrial de VN da Barquinha que tem sediado a empresa Oceanfolio, que se dedica à comercialização de produtos e equipamentos para a higiene e limpeza.
Numa área de mercado com forte concorrência, o que difere a Oceanfolio das demais empresas do setor é a associação da componente tecnológica com a “arte de saber lavar”, confessa em entrevista ao JA Joaquim Ferreira.
O empresário, de 51 anos, natural de Santo Tirso, mas agora residente em Torres Novas, é um dos diretores da empresa e também comercial. Já Gonçalo Rodrigues, engenheiro químico, ocupa-se da gestão e das questões mais técnicas do ramo.
Os produtos sanitários com doseamento automático, os túneis de lavagem, os detergentes ou outros produtos mais específicos, fazem parte do portefólio da empresa, mas não só. Joaquim Ferreira refere que a especialidade da empresa está também centrada na “questão tecnológica”, ou seja na colocação de doseadores automáticos informatizados nas lavandarias.
“Nós fazemos a colocação desse equipamento e o cliente adquire os nossos produtos. Depois, ainda fornecemos todo o apoio técnico”, afirma o responsável, avançando que “com o doseamento automático há poucas empresas a trabalhar. Nós avançámos uma vez que o meu sócio teve formação e domina bastante a área”.Para além da sua marca própria e de outras com quem trabalha, a Oceanfolio é distribuidora exclusiva dos produtos de limpeza e higiene da marca Induquim, que tem sede em Madrid.
Explica Joaquim que a Induquim tem evoluído imenso na lavagem de roupa, “com mais qualidade e menos agressividade, para que a roupa possa durar mais tempo”, incorporando no processo de lavagem “uma componente mais ecológica” e menos onerosa.
“Temos lavandarias [de clientes] a lavar 20 toneladas de roupa por dia. E quando falamos de lavandarias industriais, estamos a falar de pessoas que têm a preocupação de querer lavar bem, mas também que querem lavar por um preço aceitável porque, de facto, o mercado é feroz”, salienta o empresário.
“Os nossos colaboradores não são nossos empregados, são nossos amigos” - Joaquim Ferreira
Os principais clientes estão na região Centro, em Lisboa, mas também no Alarve, onde a Oceanfolio trabalha com unidades hoteleiras, de restauração e demais instituições ou industrias.
“Tanto trabalhamos com um hotel de duas estrelas como com um de cinco. Tanto trabalhamos com um hotel com vinte quartos, como com um de dois mil. O hotel que tem vinte quartos tem de lavar a roupa e o de dois mil também tem”, afirma Joaquim Ferreira., explicando que o foco da Oceanfolio não é o negócio do supermercado e o doméstico, é a componente profissional e industrial.
Por isso, a empresa trabalha diretamente “com lavandarias que lavam toneladas de roupa por dia. E quando introduzimos o nosso equipamento de doseamento automático, temos o elemento diferenciador”.
Com uma faturação anual que ultrapassa 1ME, é nos 15 colaboradores que a Oceanfolio centra também as suas atenções.
“A diferenciação do nosso serviço está nos nossos colaboradores, que são espetaculares. São os melhores colaboradores que qualquer empresa pode ter. São excelentes e ajudaram-nos sempre”, disse convicto Joaquim, acrescentando que a filosofia da empresa “assenta muito nas pessoas, que não são números, são pessoas”.
“Os nossos colaboradores não são nossos empregados, são nossos amigos”, vinca o responsável, explicando que o objetivo passa por “ver os nossos clientes satisfeitos, mas primeiro queremos que os nossos colaboradores estejam satisfeitos. Eu tenho a certeza que quando os nossos colaboradores estão satisfeitos, eles encarregam-se que os nossos clientes fiquem também satisfeitos. Portanto, com colaboradores felizes a casa só pode estar bem ”, considera o empresário.
A Oceanfolio tem uma faturação anual que ultrapassa 1ME e tem sede na zona industrial de VN da Barquinha.
A Oceanfolio vai brevemente adquirir um novo lote contiguo à atual estrutura para aumentar as instalações. O objetivo é criar no novo espaço um laboratório que incorporará também uma sala para formação.
“O laboratório servirá para que quando um cliente tenha um problema numa roupa, numa toalha, num turco ou num lençol, nós possamos ter a capacidade de estar aqui, desmontar o problema e encontrar a solução”, explica Joaquim, dando conta que no novo espaço a Oceanfolio quer “encontrar soluções com um menor custo associado e de preferência doseado porque fica sempre mais económico”.
Quanto ao nome de empresa, o gestor conta que foi “um nome que surgiu. Ambos gostamos do mar, e fazer uma empresa nem sempre é fácil em termos de nomes, e então juntámos o termo folio [portefólio de produto] e, assim, ficou”.
Sobre o crescimento da empresa, Joaquim Ferreira refere que “a preocupação assenta muito na componente de haver 10% de crescimento orgânico e de haver 10% de crescimento com a inovação, ou seja com uma representação nova, com um produto que seja diferenciador”. A internacionalização também é outro objetivo, sobretudo para os países nórdicos, como a Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca ou Suíça.
“A internacionalização não é uma coisa que se faça assim de um dia para o outro. Já tivemos oportunidade de partir para os mercados de língua portuguesa. Decidimos não ir, e ainda bem que não o fizemos, porque temos amigos que o fizeram e tiverem problemas e dificuldades. Aqui estamos a crescer devagarinho e estamos no bom caminho”, remata.
Joana Margarida Carvalho