O Governo está já a avaliar a transformação da central termoelétrica do Pego de carvão para biomassa após 2021, ano em que termina o Contrato de Aquisição de Energia (CAE) ainda em vigor para aquela central e que prevê o seu desmantelamento futuro, avança o Dinheiro Vivo.
Segundo o jornal digital, para evitar este cenário, os responsáveis da Tejo Energia (detida pela Endesa e TrustEnergy) contactaram a Secretaria de Estado da Energia para avaliar uma extensão do período de vida da central do Pego, olhando para a biomassa, uma fonte de energia renovável que é uma aposta do governo.
A confirmar-se a transformação, pós 2021, a futura central de biomassa no Pego juntar-se-á às seis que estão já em construção, com um investimento de perto de 300 milhões de euros.
A Secretaria de Estado da Energia em resposta às questões do Dinheiro Vivo, garante que as centrais que hoje queimam carvão também podem queimar biomassa no futuro, fonte do governo justificou assim a possível transformação da central do Pego, em Abrantes, em plena zona do Médio Tejo.
Pela mesma lógica, acrescenta a fonte, a central de Sines, no Alentejo, também poderá vir a ser convertida para biomassa, ainda que a região seja menos rica em matéria prima, ou então para gás natural. No entanto, esta hipótese exige alterações mais profundas na estrutura da central, que deve fechar até 2025.
Em 2017, a produção das centrais de Sines e Pego representou 28% do consumo no mercado português e o país importou 5,5 milhões de toneladas de carvão (mais 9% que em 2016). “A Central do Pego continua a ser parte relevante da sustentabilidade do sistema elétrico português”, tinha já admitido fonte oficial da Tejo Energia em declarações ao DN/Dinheiro Vivo.