A Polícia Judiciária (PJ) alertou hoje que o nome da sua Unidade de Informação Financeira está a ser usado numa nova burla, em que é falsamente exigido ao visado dinheiro para descongelar contas supostamente bloqueadas pelas autoridades.
Em comunicado, a PJ refere que os burlões, utilizando a Unidade de Informação Financeira, enviam cartas e documentação falsas "a anunciar alegadas dívidas fiscais, bloqueio de contas bancárias e pedidos de pagamento".
De acordo com um exemplar da missiva publicado no site da PJ, a carta, em português, começa por invocar um artigo do Regime Geral das Infrações Tributárias (RGIT) para indicar que os fundos do visado foram apreendidos, na sequência de uma investigação da Unidade de Informação Financeira.
Em seguida, indica que os montantes foram transferidos para contas da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), nos termos de um artigo do Código de Procedimento e de Processo Tributário, recomendando por fim a regularização da situação para pôr fim ao bloqueio e evitar sanções penais.
Segundo a PJ, quem receber um contacto similar não deve facultar os dados pessoais nem seguir qualquer instrução.
"A remessa de tais missivas ou comunicações constitui um crime, devendo o seu recebimento ser denunciado à Polícia Judiciária para efeitos de apuramento de responsabilidade criminal dos autores", apela a PJ.
A Unidade de Informação Financeira é, lê-se no site da PJ, "a unidade central com competência para receber, analisar e difundir a informação suspeita de branqueamento ou de financiamento de terrorismo" e, segundo a nota de hoje, "não apreende fundos, nem solicita o seu desbloqueio mediante pagamento".
Lusa