O prazo para os concorrentes ao ponto de ligação à rede elétrica da central do Pego se pronunciarem sobre a decisão preliminar, que põe a Endesa à frente, foi prorrogado por mais 10 dias úteis, segundo despacho do Governo.
“Face à elevada complexidade das matérias e da avaliação em causa, e por forma a permitir que todos os concorrentes possam, de forma fundamentada e ponderada, pronunciar-se relativamente ao relatório preliminar do Júri do Procedimento, considera-se justificada a concessão de um prazo mais alargado do que o proposto”, lê-se num despacho assinado pelo secretário de Estado adjunto e da Energia, João Galamba, publicado na quinta-feira, ao final do dia.
Assim, o prazo foi alargado por mais 10 dias úteis, “até às 23:59 do dia 25 de fevereiro”.
Fonte oficial do Ministério do Ambiente tinha confirmado à Lusa que o prazo para os concorrentes ao ponto de ligação à rede elétrica da central do Pego, em Abrantes, cuja produção a carvão foi encerrada em 2021, se pronunciarem relativamente ao relatório preliminar terminava hoje às 23:59, conforme o calendário inicial, que previa cinco dias úteis para o efeito.
A Endesa obteve a melhor pontuação do júri, entre as seis propostas participantes, para a reconversão da Central Termoelétrica do Pego, em Abrantes (Santarém), segundo o relatório preliminar divulgado na sexta-feira passada pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).
Num comunicado, a Endesa adiantou que “não tem dúvidas sobre a solidez do projeto apresentado que compreende não só a instalação de uma importante capacidade de produção renovável, mas também um plano socioeconómico de criação de valor partilhado na região”.
Para a empresa, o projeto de transição justa enquadra-se no “compromisso da Endesa com o crescimento das energias renováveis e com uma descarbonização justa e equitativa”.
A proposta apresentada pela empresa espanhola que atua na distribuição de gás natural e na geração e distribuição de energia elétrica obteve uma pontuação de 3,72, batendo as propostas da Tejo Energia SA, EDP Renováveis, Greenvolt, Brookfield Ltd & Bondalti SA e Voltalia SA.
Na segunda posição ficou a Tejo Energia SA (atual proprietária da Central Termoelétrica do Pego), com 3,27.
A Greenvolt ficou em terceiro lugar, o consórcio da Brookfield Ltd & Bondalti SA em quarto, a Voltalia SA em quinto e a EDP Renováveis em último lugar.
Lusa