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Município Abrantes
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Comércio: Centro histórico de Abrantes digitalizado no portal de comércio AGORA (c/áudio)

23/05/2025 às 12:32

“Incentivar a digitalização das lojas físicas, através de ferramentas e plataformas, onde os comerciantes podem vender online e alcançar um público mais amplo.” É desta forma que se pode apresentar o bairro digital do centro histórico de Abrantes. Trata-se da plataforma que agrega os comerciantes e empresários de serviços do centro histórico de Abrantes. E não é apenas colocar as lojas online. É permitir vendas online, que é diferente.

“Promover a inclusão de tecnologias digitais, como sistemas de pagamento eletrónicos, marketing digital e plataformas de e-commerce” é outra das apostas para melhorar a competitividade dos comerciantes locais.

Há ainda o apoio às práticas sustentáveis e inclusivas, garantindo que pequenos e médios comerciantes tenham acesso às mesmas oportunidades digitais que grandes empresas.

O nome escolhido AGORA pode ter duas leituras ou significados, como indicou o presidente da Câmara de Abrantes. “Ágora” é um termo grego que significa a reunião de qualquer natureza. A ágora parece ter sido uma parte essencial da constituição dos primeiros estados gregos. Mas agora pode ser o tempo presente, o momento em que estamos. Manuel Jorge Valamatos indicou que o nome pretende ser isso mesmo, “um reencontro entre o passado e o futuro, entre o tradicional e o digital.”

 

Manuel Jorge Valamatos, presidente CM Abrantes

Este é o processo que já tem algum tempo, porque os projetos começam sempre muito antes de serem tornados públicos ou de entrar em funcionamento. O AGORA é mais que uma loja digital. Trata-se de um investimento de mais 670 mil euros, financiado pelo PRR, numa parceria com a Associação Comercial e Empresarial de Abrantes, Constância, Sardoal, Mação e Vila de Rei.

Manuel Jorge Valamatos identificou o que já está feito, neste âmbito, tendo destacado que falta ainda colocar em funcionamento os cacifos digitais, uma das peças deste projeto que permitirá maior autonomia nas vendas online.

 

Manuel Jorge Valamatos, presidente CM Abrantes

Acima de tudo,o AGORA, é a transformação do centro histórico tradicional num espaço digital, num ponto de acesso a todo o mundo. E isto abre novas oportunidades de negócio, sendo o que se pretende, aos comerciantes do centro da cidade.

Jéssica Mendes, a gestora deste “centro comercial digital”, tem sido a ligação do projeto aos empresários e indica que tem em carteira 89 intenções de adesão, das quais 49 estão formalizadas e 26 já estão online. De notar que esta plataforma foi construída de raiz pela divisão do conhecimento do Município de Abrantes. Ou seja, foram os programadores e serviços de informática do Município a criar toda a estrutura.

A coordenadora do AGORA nota ainda que há processos diferentes para os comerciantes. Se os mais novos podem estar mais abertos à criação da loja on-line, os menos ligados aos novos mundos da comunicação poderão ter presença apenas com uma “loja informativa.”

 

Jéssica Mendes, gestora do Bairro Digital AGORA

Mas o que é preciso destacar é que, com a entrada na plataforma, os comerciantes podem vender para o mundo inteiro, estar de portas abertas 24 horas por dia.

E no agora.abrantes.pt juntam-se comerciantes, a restaurantes que podem vender on-demand, através dos parceiros Jarvas e Recadex, de entregas ao domicílio, ou ainda a serviços vários, como cabeleireiros, esteticistas, ou espaços de contabilidade ou jurídicos.

Na sessão de apresentação pública três comerciantes, que já aderiram ao Agora, deixaram as suas opiniões ou impressões sobre o bairro digital. Rui Simões, Elvira Fernandes e Renato Valério deixaram o agradecimento, mas acima de tudo o apoio a este no passo para os seus negócios.

 

Rui Simões, Elvira Fernandes e Renato Valério

Aliás, Frederico Miranda, vice-presidente da Associação Comercial e Empresarial de Abrantes, indicou isso mesmo. Uma panóplia de possibilidades que ficam agora mais acessíveis.

E o dirigente reforça que este tem de ser o futuro e que poderá ser alargado, muito para além do centro histórico da cidade. A ACE foi, desde início, a parceira deste consórcio nascido depois da pandemia, para aproveitar uma linha de financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) destinado ao comércio tradicional dos centros históricos. Foi, por isso, com naturalidade que o dirigente associativo deixasse transparecer alguma emoção, até porque este é um setor que não é fácil, tanto mais que muitas vezes é mais fácil a crítica do que o dar passos para acrescentar melhorias.

 

Frederico Miranda, vice-presidente ACE

 

E há mesmo uma expetativa que esta digitalização do centro histórico possa mesmo trazer grandes benefícios aos comerciantes. Pelo menos ficam em igualdade de circunstâncias com as grandes plataformas mundiais. É que, um pequeno comerciante ter uma loja online pode não ser fácil, mas em conjunto garantes essa estabilidade, mesmo ao nível dos sistemas de pagamento.

Os mupis digitais dão informação útil ou mostram campanhas das lojas. Uma das informações disponíveis será o horário dos autocarros, outra a agenda de eventos e ainda a existência de lugares de estacionamento disponíveis, dos 322 que já têm sensores instalados.

O portal agora.abrantes.pt está online e o registo de utilizador é muito simples e rápido.

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