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César Mourão, Miguel Araújo, António Zambujo e Luísa Sobral apresentam “Desconcerto”

25/01/2018 às 00:00

O ator César Mourão e os músicos Miguel Araújo e António Zambujo propõem, em abril, um “Desconcerto”, espetáculo “totalmente improvisado”, como explicou à agência Lusa um dos participantes, para o qual convidaram a compositora Luísa Sobral.

Vai ser sob o título “Desconcerto” que o espetáculo vai reunir os quatro artistas nos dias 10 e 11 de abril, no TivoliBBVA, em Lisboa, e nos dias 16, 17 e 18, também de abril, no Teatro Sá da Bandeira, no Porto.

“Gosto de fazer improvisação musical, e tive a ideia de juntar amigos meus, que são músicos incríveis, a fazer um concerto, mas absolutamente improvisado, a partir de histórias e vidas dos espetadores”, disse à Lusa César Mourão, realçando que “é a primeira vez que se faz um concerto deste género”, elogiando “a coragem” dos amigos músicos em “virem 'a nu' fazer um concerto, sem nada planeado”.

O mote de cada canção, que será composta no mesmo momento, é dado pela plateia, como explicou César Mourão: “Eu vou à plateia, falo com uma senhora, por exemplo, a quem pergunto se posso ver a mala, e depois digo o que lá encontro – ‘baton’, óculos de sol, um papel do multibanco, chaves – e vou conversando com a senhora, ao mesmo tempo, que um dos músicos em palco está a compor uma canção, que vamos cantar em seguida todos juntos”.

“Este é um exemplo, mas outras coisas acontecerão”, disse César Mourão, que se referiu a cada canção composta de improviso, como “um ‘single’ da vida de um dos espetadores”.

O ator reconheceu que é “um espetáculo muito arriscado”, talvez, como disse à Lusa, mais arriscado para António Zambujo, Miguel Araújo e Luísa Sobral, que são músicos, do que para si, que não tem responsabilidade musical.

César Mourão referiu-se ao espetáculo como “um desafio” e qualificou-o como “um trapézio sem rede”.

Referindo-se ao público, afirmou que “está mais inteligente e entra no jogo connosco, sentindo esse risco”.

O projeto foi idealizado numas férias no Algarve, e chega em abril a palco, havendo a possibilidade de, além de Lisboa e Porto, vir a acontecer noutras cidades. "Mas exige uma gestão de agenda de todos, o que é complicado”.

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