O DVD “Carlos do Carmo: Um Homem No Mundo”, documentário de Ivan Dias para celebrar os 50 anos de carreira do fadista, é apresentado no próximo dia 20, no Museu do Fado, em Lisboa.
“Ivan Dias acompanha um ano na vida de Carlos do Carmo, o da consagração, da celebração das cinco décadas de carreira e da atribuição do Grammy Latino de Carreira, que foi receber a Las Vegas, nos Estados Unidos, em novembro de 2014”, segundo comunicado da distribuidora.
Na ocasião, em declarações à agência Lusa, fazendo uma reflexão da sua carreira, Carlos do Carmo afirmou: “Corri sempre em pista própria e não em pista de competição, nunca competi, até porque cantar não é o mesmo que correr. Há sempre gostos. Uns gostam mais de A, outros, de B. Isso não quer dizer que A ou B cantem muito bem ou cantem mal, são os gostos das pessoas”.
“Fiz este meu caminho que não foi das pedras, mas que considero um caminho sempre saudável e que me levou sempre a ter uma perspetiva de ser solidário com os meus companheiros de profissão. Não me recordo de ter feito uma sacanice a um colega de profissão. E, para esta nova geração, estou de braços abertos”, sublinhou o fadista que conta na sua discografia com um CD de duetos com novos fadistas, contrariando o projeto da sua discográfica que era de gravar em inglês, francês e espanhol, com grandes estrelas mundiais, contou.
Este documentário foi estreado em 18 de dezembro de 2014, no Cinema S. Jorge, em Lisboa.
A edição inclui dois DVD, um com o documentário e respetivo 'trailer', outro com entrevistas e vários documentos como o do Discurso Grammy, ou a exposição sobre o fadista que esteve patente no Museu do Fado, em Lisboa, entre outros elementos.
O título, “Homem no Mundo”, faz referência a dois álbuns criados em parceria com o poeta José Carlos Ary dos Santos (1937-1984), “Um Homem na Cidade” (1977) e “Um Homem no País” (1983), refletindo as digressões internacionais do criador de “Canoas do Tejo”.
O fadista, que conta editar um novo CD no próximo mês, encerrou as atuações ao vivo no passado dia 09 de novembro, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa.
“É altura de acalmar”, disse então o fadista em entrevista à agência Lusa, recordando que começou a cantar há 57 anos.
“É só uma saída de cena, dos palcos”, sublinhou Carlos do Carmo, afirmando que a decisão “não foi difícil” de tomar, “foi pensada” e "este era o momento”.