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Entrevista a DENIS FILIPE: "Faz todo o sentido voltar agora com o formato «DEN1S ONE MAN BAND»"

8/12/2017 às 00:00

Chama-se Denis Filipe, é natural de Torres Novas onde apresenta ao vivo o seu novo espetáculo "DEN1S ONE MAN BAND" já no próximo dia 16 Dezembro com o qual se vai fazer à estrada em 2018.
É multi-instrumentista e toca desde os 13 anos. Deu-se a conhecer ao grande público quando venceu a 1ª edição do programa "A Voz de Portugal" (The Voice) em 2012 na RTP1. Em 2013 lança "Twist & Bend", o seu disco de estreia, com o qual tocou não só em Portugal, mas também em Londres. Dia 16 no Estúdio Alfa em Torres Novas, promete um espetáculo diferente que quer mostrar ao vivo em 2018.
Estivemos à conversa com o músico...

DEN1S ONE MAN BAND é o teu novo conceito de espetáculo para 2018, que apresentas ao vivo já neste sábado dia 16 de Dezembro. O que é que o público vai poder esperar deste novo espectáculo?

O público vai ter um regresso ao passado mas com temas que não existiam na altura e também umas versões de temas que gosto muito…Vai ser uma viagem a 2009/2010 altura em que tocava neste formato.

Não é portanto um conceito novo para ti. Já te vimos na tv, por exemplo, a tocar neste formato. Porque decidiste agora voltar a apostar neste tipo de espetáculo?

Sim, cheguei a tocar ao vivo na TV, quando estava ainda no The Voice mas depois de ter ganho, o projeto ficou em stand by, devido a todas as coisas que entretanto foram acontecendo.  Agora que as coisas acalmaram, faz todo o  sentido voltar a fazê-lo.

A quem nos lê, pode fazer alguma confusão o facto de tocares vários instrumentos ao mesmo tempo e cantares em simultâneo. Como é que isto começou a ser uma realidade para ti?

Não me lembro bem qual o motivo que me levou a fazer isto, mas como a guitarra e a bateria sempre foram os meus instrumentos de eleição decidi fundi-los e acrescentar o som de baixo para soar cheio e, esta parte foi a mais complicada. Fiz várias tentativas e experimentei muita coisa para encontrar uma maneira de ter som de baixo na guitarra sem estragar o som dela. O resto depois, vem com a prática.

Assumes-te como multi-instrumentista…que de facto és! Quantos (e quais) instrumentos tocas?

Eu na verdade sou um curioso que não tem medo de pegar nos instrumentos. Já toquei ao vivo, guitarra, baixo, bateria, teclados, violino, violoncelo e banjo.

Já disseste lá atrás que os teus instrumentos de eleição sempre foram a guitarra e a bateria…Consegues explicar porquê?

Porque o instrumento que toco com mais naturalidade e há mais tempo é a guitarra…comecei muito cedo a tocar. Depois a bateria…que sempre me fascinou e de facto, sinto mais adrenalina quanto a toco.

Dizes que começaste a tocar cedo…Foi aos 13 anos…ou pelo menos, foi com essa idade que começaste a pisar palcos…como é que isto da música começou na tua vida?

Na verdade comecei a ter contacto com a guitarra aos 11anos e depois sim aos 13 anos piso o palco pela primeira vez com o meu pai, foi assim que a música entrou na minha vida, através dele.

E como é que o teu pai…enquanto pai e músico foi acompanhando a tua evolução na música? Dá-te conselhos?

O meu pai sempre me deixou pensar por mim nunca se meteu muito, se não gostar de algo é capaz de o dizer mas tirando isso não interfere muito.

E a tua mãe, que não é da música…como é que acompanha?

A minha mãe por outro lado dá mais a sua opinião, devias fazer assim ou de outra maneira, etc. .

Entretanto já és pai….Confessa lá que já estás a tentar identificar sinais de músico no teu filho…

Ainda é muito cedo para ver isso... mas... já gosta muito de batucar (risos)

E entretanto nunca mais paraste…quais são as memórias que guardas com mais carinho nessa fase da infância?

A pureza com que sentia a música e a excitação de descobrir novas coisas.

Até chegares entretanto ao “The Voice” (A Voz de Portugal) que ganhaste em 2012, o que fizeste na música?

Toquei muito, em vários tipo de eventos, vários estilos musicais (apesar do público em geral conhecer a minha faceta mais Rock, e em várias bandas.Em paralelo sempre fui escrevendo e formei banda de originais.

E…chega o programa….foste tu que te inscreveste ou pregaram-te uma partida?

Fui eu mesmo, decidi experimentar e fui com um amigo meu aos castings.

Certamente que quem lá vai tem sempre a esperança de ganhar…Tu esperavas ganhar?

Nos castings o objetivo era chegar às galas ao vivo, o que por vezes é o mais difícil…destacarmo-nos de tanta gente. Quando cheguei à primeira gala… entrei para ganhar confesso. Acho uma perda de tempo não se pensar logo assim.

Foste o vencedor, e chega no ano seguinte o teu disco de estreia “Twist & Bend”…nasce então um novo Denis?

Não…Nasceram sim,  novas canções. Enquanto artista continuo igual, não sei ser de outra forma.

Na prática, o que mudou o programa na tua vida?

Ganhei algum reconhecimento por parte das pessoas mas também tive mais dificuldades em ter projetos paralelos. As pessoas vêm-me noutros projetos e têm dificuldade em perceber que às vezes está lá outro Denis,  um Denis músico que não vai cantar, mas apenas tocar... ou um Denis mais humorista (no caso da Super Brigada). Até já recorri a nicknames mas mesmo assim é difícil. Conheço artistas internacionais que fazem isso e não tenho dificuldade nenhuma em percebê-los, mas isso sou eu.

Olhando para a realidade musical do nosso país…como é que comentas o que se faz por cá? E o rock (o teu e não só) continua a ter muito mercado e seguidores?

O nosso país está muito pobre a nível de palcos, não há espaço para as boas bandas Rock e acabam por ficar paradas. As rádios com mais dimensão fecham se num círculo Pop e passam sempre o mesmo. Estamos na Era de quem dá mais é que passa. Não procuram excitar o ouvinte com coisas novas e diferentes, sinto imensas saudades dos anos 90.

E sendo que vives da música a tempo inteiro, o que tens feito entretanto?

Tenho estado mais afastado dos palcos ultimamente mas tenho tocado num ou outro bar mas é um mercado em escassez e gostava bastante conseguir tocar neste formato de One Man Band em alguns bares por este país fora.

E o pontapé de saída vai acontecer já dia 16 de Dezembro (voltando ao espetáculo deste sábado). A nível de músicas, o que vamos poder ouvir? As músicas de Twist & Bend?

Vamos ter temas do Twist & Bend com roupagens novas e vamos ter temas novos não editados e ainda versões que tenho de músicas que me marcaram.

E podes levantar um pouco mais do véu sobre a noite de dia 16?

O espetáculo vai andar muito a minha volta (risos). Não dá para contornar mas… vou ter convidados que fizeram parte da viagem Twist & Bend. Por isso, convido todos a estarem presentes dia 16 no Estúdio Alfa em Torres Novas (Hotel dos Cavaleiros),onde estão as entradas à venda ao preço de 3.50€. Vai ser uma noite memorável numa sala bantante acolhedora, na cidade que me viu nascer, e por isso tocar lá é sempre muito especial

Entrevista: Paulo Delgado
Fotos: Pedro Dyonysyo Fotografia

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