O organista britânico Wayne Marshall regressou a Fátima para gravar o seu novo trabalho no órgão de tubos da Basílica de Nossa Senhora do Rosário, anunciou hoje o santuário.
Segundo o Santuário de Fátima, “o novo trabalho, que deverá estar concluído dentro de três meses, irá ter improvisos sobre as peças que já tocou no último concerto na Cova da Iria”, no qual “não faltarão as sonoridades de Fátima”.
Wayne Marshall, que é organista titular da Orquestra Radiofónica da WDR de Colónia, regressou a Fátima esta semana, menos de um mês depois do concerto que deu na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima.
“Haverá um tributo a Fátima por me deixar fazer esta gravação aqui, mas também porque este lugar é fantástico. Este órgão Maschioni, em conjunto com a acústica, que acaba por acrescentar um outro registo ao órgão, tornam este lugar muito especial”, considerou o organista.
Marshall, que tem atuado por todo o mundo, em órgãos como o de Notre Dame de Paris, o da Abadia de Westminster (Londres) e o de Walt Disney Hall (Los Angeles), disse que a versatilidade do órgão de Fátima “é muito grande”.
“Fátima inspira-me, é um lugar espetacular e eu fiquei muito tocado por este lugar”, admitiu.
Segundo o organista, muito do seu trabalho parte da improvisação.
“Como organista é o que me inspira e gostei muito de fazer o improviso sobre a música mais marcante de Fátima que é o Avé. É um grande tema e muito tocante”, frisou.
Após um prolongado silêncio, o órgão de tubos da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima voltou a ouvir-se a 20 de março de 2016, durante um concerto do francês Olivier Latry, organista titular da catedral de Notre Dame de Paris.
“Construído em 1951, pela empresa italiana Fratelli Ruffatti, é o maior instrumento do género em Portugal, com 90 registos e cerca de 6.500 tubos”, refere o santuário.
A sua reestruturação foi desenvolvida pela empresa italiana Mascioni Organi, “que conservou uma parte considerável da tubaria original, mas acrescentou alguns registos com o intuito de conferir ao instrumento uma sonoridade homogénea e moderna”, acrescenta.
Lusa