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O dia foi de festa, ou melhor, a tarde e noite. O sábado, dia 2 de novembro, fica marcado pela reinauguração do edifício da Casa do Povo de S. Facundo. E a festa foi bem animada. Depois a sessão formal, seguiu-se um convívio com bifanas e música com os Arrebimbá Fundo, enquanto a “sala” mudava de figurino para o baile da noite com os Street Band a que se seguiu a noite mais jovem com DJ’s.
Foi, por isso, um dia em cheio numa comunidade que há anos ambicionava fazer obras de fundo na sua casa do povo para impedir o avanço da degradação natural destas estruturas, principalmente o telhado, para evitar infiltrações de água que, modo geral, aceleram esses problemas estruturais.
E a sessão contou com diversos discursos, entre Joana Pascoal, presidente da Casa do Povo, Manuel Jorge Valamatos, presidente da Câmara de Abrantes, ou Conceição Pereira, coordenadora da Tagus.
É que, percebendo o investimento necessário, a direção da Casa do Povo de São Facundo apresentou uma candidatura ao FinAbrantes de 2022 que não foi aceite. Mas, resiliente, a direção repetiu a candidatura para 2023 que, desta vez, foi aceite. Foi uma candidatura à medida Investimento, destinado à requalificação de património associativo. Uma candidatura com um teto de 20 mil euros, a que a Casa do Povo acrescentou mais cinco a seis mil euros.
Quase em simultâneo, ou seja, pouco tempo depois a Casa do Povo apresentou uma outra candidatura à TAGUS para requalificação da sede, tendo a mesma sido aprovada. Aos 45 mil euros garantidos pela TAGUS soma-se mais 20% de investimento próprio, ou seja, mais quase dez mil euros.
Quer isto dizer que no conjunto das duas candidaturas a Casa do Povo fez um pacote de investimento na sua sede de uma verba a andar algures entre os 85 e os 90 mil euros.
Joana Pascoal indicou que houve uma intenção de mexer no telhado que, aparentemente está muito bom, mas não era bem assim. “Até nos diziam, mas estão a candidatar-se para o telhado? Ele está tão bem”, explicou a presidente, ressalvando ter infiltrações, madeiras podres e por aí fora. “Resolvemos então para fazer alterações, ou seja, colocar um telhado que nos melhorasse as condições acústicas do salão ao mesmo tempo que melhorasse a eficiência energética.”
Mas depois a direção apontou a mais melhorias e mudou portas, janelas e caixilharias, apostando no vidro duplo. “Estamos agora melhor na nossa casa”, apontou Joana Pascoal que se mostrou ainda muito satisfeita por ter tido a Casa do Povo “bem cheia, coisa que já não víamos há muito tempo. ”
Houve nestas duas candidaturas uma grande dose de coragem face aos valores envolvidos, mas era, afirmou Joana Pascoal, um objetivo que já vinha da direção anterior.
“Há três anos eu era a presidente da Assembleia Geral, o presidente da direção era o Mário Cardoso, e já era um dos nossos objetivos. Fizemos candidaturas ao FinAbrantes e PDR 2020 que não foram aprovadas. Só à segunda tentativa é que vimos as aprovações. Somos resilientes, teimosos de certa forma. Não queríamos sair daqui sem fazer aquilo que nós tínhamos na ideia. Isto era um arrastar e, se calhar daqui a cinco ou seis anos, o telhado podia cair.”
A população por vezes não se mostra ou alheia-se da vida associativa, mas Joana Pascoal revelou que tiveram ajuda de muitas pessoas que viram as obras e foram lá bater à porta para ajudar.
No final de contas, a obra foi feita, e a população aderiu à festa, ao convívio para assinalar a reinauguração da sede da Casa do Povo de São Facundo.
Joana Pascoal - presidente direção Casa do Povo de S. Facundo
De notar que a equipa de futebol da Casa do Povo de São Facundo venceu o Incup 2024 e a direção aproveitou o dia de festa para mostrar o troféu conquistado. Um feito para a coletividade, que teve como melhor resultado, há 21 anos, o terceiro lugar do INATEL.
Já no sábado, 9 de novembro, a Casa do Povo de São Facundo vai receber uma noite de fados, com Joana Cota, Dina Valério, João Chora e Nuno Cirilo, numa noite que vai contar com jantar e ceia.
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