O Bloco de Esquerda de Abrantes emitiu esta semana um comunicado que visa as reuniões do executivo municipal de Abrantes. Neste comunicado o BE de Abrantes explica que “tem pautado as suas intervenções pela defesa da democracia, da pluralidade, da diversidade, da transparência, da equidade sempre no respeito pelos mandatos que lhe são conferidos pelos eleitores e em benefício da população do Concelho de Abrantes. Dar voz a quem não tem voz”. E depois acrescenta que este é o espírito do seu vereador Armindo Silveira.
O partido escreve que tinha a noção que o mandato do seu vereador não iria ser fácil. No mesmo comunicado o BE revela que com a ex-presidente da CMA [atual ministra da Agricultura], durante as reuniões de Câmara, houve “momentos de tensão, mas uma mais responsável condução dos trabalhos, pela ex-presidente, permitiu que as intervenções fossem estritamente políticas e nunca pessoais”.
E depois acrescenta: “No campo oposto está o atual Presidente da CMA”.
Neste mesmo texto o BE escreve que a que “estipula a lei que é o Presidente de Câmara que conduz as reuniões, modera e tem a responsabilidade de fazer a sua gestão de forma correta. No entanto, aquando das intervenções do Vereador Armindo Silveira, as interrupções são constantes, quebrando o raciocínio, impedindo assim, a fundamentação das intervenções o que prejudica seriamente a qualidade geral dos trabalhos. Esta conduta é de tal modo evidente e recorrente que o Bloco de Esquerda manifesta publicamente a sua discordância pelo modo incorreto e antidemocrático como vem sendo tratado o seu vereador nas reuniões da Câmara Municipal de Abrantes”.
Ainda no mesmo texto o BE de Abrantes diz notar que “a maior parte destas interrupções partem do Presidente da CMA, havendo outras em menor número por outro vereador, mas igualmente disruptivas e tacitamente permitidas por quem tem a responsabilidade de moderar a reunião. Consideramos este tipo de atitude como uma forma de censura e condicionamento inqualificável”.
O BE concluiu esta sua posição pública com a indicação que “em Democracia a diferença de opinião é um direito e a diversidade mais que desejável, é benéfica e enriquecedora do debate que deve ser encarado como positivo, tendo como objetivo final alcançar um bem comum com a participação de todos”.
E acrescenta ainda que “pelas suas atitudes o Presidente da CMA torna evidente que encara as opiniões diferentes, os pedidos de esclarecimento e as dúvidas legitimas como ataques pessoais, mostrando dificuldade extrema em lidar com as intervenções divergentes o que em nada dignifica o cargo de Presidente da CMA e o órgão em si”.