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Abrantes: Fim da geringonça e precariedade entre os debates do acampamento do BE

25/07/2018 às 00:00

O fim da geringonça, a saída do Euro, a precariedade laboral ou as alterações climáticas serão alguns dos temas discutidos no 15.º acampamento Liberdade, organizado pela Coordenadora Nacional de Jovens do BE, que arranca hoje em Martinchel, no concelho de Abrantes.

Em antecipação à agência Lusa, Xavier Gaspar, membro da Coordenadora Nacional de Jovens do BE, adiantou que o número de participantes nesta edição está em linha com o dos anos anteriores, estando previstos entre 200 a 250 jovens, sendo uma das novidades o local, já que pela primeira vez se realiza em Castelo de Bode, no parque de campismo de Martinchel.

Um dos destaques do acampamento - que começa hoje e decorre até segunda-feira - é o painel intitulado "Fim do acordo: que outros caminhos pode seguir a esquerda em Portugal?", marcado para domingo de manhã e que terá como um dos oradores o deputado do BE José Manuel Pureza, e no qual serão discutidos os cenários pós-geringonça, a pouco mais de um ano das próximas eleições legislativas.

É precisamente neste mesmo espaço, mas no sábado, que a coordenadora do BE, Catarina Martins, se junta ao acampamento Liberdade para debater "Manifestações da Cultura: o que falta fazer".

Na quinta-feira haverá tempo para debater um dos temas caros aos bloquistas, a saída do Euro, e na sexta-feira, também de manhã, os deputados José Soeiro e Isabel Pires abordam a questão da precariedade laboral, outros dos braços de ferro entre BE e Governo.

"O Bloco e a Esquerda Europeia", "Direito a uma vida independente" ou "Brasil: novo golpe, nova ditadura?" são outros dos painéis que vão ocupar o tempo, por estes dias, dos participantes neste acampamento.

Xavier Gaspar destacou o debate sobre a questão da gentrificação, protagonizado pela deputada Maria Manuel Rola, considerando que este é um tema que "afeta muito os jovens e vai ser uma boa oportunidade para mostrar que nada mudou e que os jovens continuam a ter dificuldades em arranjar habitação".

"Temos ainda questão do combate às alterações climáticas, um dos temas que apesar de ser mais clássico necessita de um novo debate, do racismo, que volta a estar na ordem do dia e do trabalho sexual, um tema em que há debate interno e é importante que ele seja feito", elencou ainda.

Segundo o bloquista, "os espaços Queer e Feminista são sempre espaços bastante interventivos onde há bastante participação", sublinhando que "a festa do Liberdade continua a ser um espaço de emancipação".

O arranque do 15.º acampamento Liberdade está marcado para hoje, a partir das 21:30, com um concerto e uma festa intitulada "Primeiramente fora Temer".

Os debates, espaços de reflexão e workshops (sobre suporte básico de vida, desconstrução da masculina tóxica e vídeo-ativismo) decorrem de manhã e de tarde, todos os dias, ficando para as noites a exibição de filmes e as festas.

Segundo o programa oficial, o Liberdade só termina segunda-feira, mas para esse dia o único ponto da agenda é a "mega limpeza" do espaço, seguindo-se o regresso a casa.

Lusa

 

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