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Abrantes: Maioria PS aprova contas. Oposição abstem-se

13/06/2018 às 00:00

A Câmara Municipal de Abrantes aprovou ontem os documentos de prestação de contas do Município, dos Serviços Municipalizados, da Tagus Valley e da A. Logos, tendo apresentado um resultado liquido, relativo a 2017, de cerca de 1ME e 660 mil euros.

João Caseiro Gomes, vice-presidente do Município, procedeu à apresentação do documento, salientou o resultado líquido positivo e a redução do endividamento das entidades geridas pela Câmara Municipal.

O resultado líquido de 1.660.059,59€ surge devido “a vendas ou alienação do património, sobretudo terrenos para o acolhimento de empresas. O que para nós é ótimo, quer dizer que temos não só novas empresas a vir para o nosso concelho, mas também empresas a aumentar as suas instalações. Empresas que já estão sediadas em Abrantes e que felizmente estão a aumentar a sua capacidade de resposta e as suas instalações”, referiu à Antena Livre o autarca.

“É ainda de salientar que o nosso endividamento também reduziu em 1,5%. O que significa que ao longos destes anos, temos tido uma boa gestão financeira do nosso Município e é nesse caminho que queremos continuar”, salientou.

A Tagus Valley e a A. Logos foram referenciadas pelos vereadores da oposição como duas situações ainda preocupantes.

Armindo Silveira, vereador do BE, começou por salientar o resultado líquido do exercício que representa “um aumento de 1.547% face ao ano de 2016 que se saldou em cerca de 100.000€”. Contudo, o vereador mostrou-se preocupado com “o endividamento da A. Logos em 513.024€ e da Tagusvalley em 170.574€” e destacou “a sua reduzida capacidade de gerar rendimentos financeiros positivos”.

Por último, Armindo Silveira absteve-se, justificando que a consolidação das contas “é um exercício administrativo que consolida também as opções políticas do executivo PS”.

Também, Rui Santos, vereador do PSD absteve-se perante o documento. O vereador também identificou a Tagus Valley e a A. Logos como duas entidades “que é preciso continuar a chamar a atenção” apesar da recuperação apresentada.

Rui Santos considerou que “apesar de ser um documento contabilístico”, a consolidação das contas “é um documento que reflete a politica da maioria e para nós haveriam outras prioridades”.

No caso da A. Logos, João Caseiro Gomes falou de uma recuperação de 50% face ao ano de 2016 e lembrou que a entidade “compete com privados e passou por dificuldades que ainda continuam, mas temos tido resultados muito positivos e temos nos posicionado no mercado, sem dispensar funcionários. É importante continuarmos a dar uma resposta efetiva, coerente e que vá ao encontro das necessidades dos nossos clientes”.

No que diz respeito à Tagus Valley, o vereador também falou numa recuperação significativa e lembrou que a entidade é importante na atração de novos empresários.

João Caseiro Gomes fez referência à incubação de novas empresas e aos investimentos realizados nos últimos anos como o Line.

Em jeito de balanço, o vereador referiu que a aposta do Município continua centrada nas duas entidades, pois para a maioria socialista são “entidades importantíssimas” para que o concelho seja “diferenciador” na região onde está inserido.

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