O movimento ALTERNATIVAcom emitiu esta quarta-feira um comunicado em que critica a forma como a autarquia de Abrantes está a lidar com o futuro da Central do Pego.
O movimento independente escreve na sua reação que “foi com enorme estupefação que os abrantinos tomaram ontem conhecimento das declarações prestadas à LUSA pelo presidente da Câmara Municipal de Abrantes, sobre o futuro da Central Termoelétrica do Pego. São declarações muito preocupantes, reveladoras de grande nervosismo e desorientação, repetindo-se o habitual padrão vitimizante e desculpabilizante (que alterna, quando convém, com excessiva valorização e gratificação pessoais)”.
No mesmo comunicado o movimento escreve que o presidente da Câmara é “incapaz de ir além de vãs palavras de fé – como “acreditar” ou “ter esperança” – e de se responsabilizar com compromissos firmes”.
E volta a criticar ao referir que Manuel Jorge Valamatos estará a arrastar “o enredo o mais que pode, na esperança de que passe depressa o escrutínio eleitoral autárquico”.
Neste mesmo comunicado o ALTENATIVAcom revela que já emitiu comunicados com a preocupação sobre a situação da Central do Pego e depois exorta a Câmara e Assembleia Municipal de Abrantes a tomar algumas posições.
“1. Em concertação com a CIMT, mas sem prejuízo da autonomia e da defesa dos interesses próprios de Abrantes, tomarem uma posição firme junto das entidades governamentais e empresariais, no sentido de que estas esclareçam rapidamente e com total transparência qual o futuro que projetam para a Central Termoelétrica do Pego, seus trabalhadores e fornecedores;
2. Adotarem uma atitude exigente face às intenções e planos do Governo, das empresas e de quaisquer outras entidades envolvidas, tudo fazendo para transformar esta ameaça numa oportunidade que sirva os interesses atuais e prospetivos de Abrantes;
3. Absterem-se de defender ou apoiar, e se for necessário denunciar, quaisquer soluções ou projetos técnica e economicamente mal fundamentados, insuficientes ou prejudiciais para Abrantes, ou com contornos políticos pouco claros, venham eles de onde e de quem vierem;
4. Assumirem o papel e a responsabilidade que lhes cabe no âmbito do Fundo para a Transição Justa, designadamente da prevista reconversão económica, ambiental, habitacional e dos transportes, incluindo o apoio técnico e financeiro à criação e investimento em pequenas e médias empresas, formação de recursos humanos, transferência de trabalhadores e introdução de tecnologias energéticas sustentáveis”.