O abandono da reunião do executivo municipal de Abrantes pelo vereador eleito pelo PSD motivou uma reação de solidariedade do movimento ALTERNATIVAcom e com perguntas ao Partido Socialista.
Em comunicado o movimento independente começa por referir que o abandono intempestivo do vereador Vítor Moura é “totalmente compreensível e justificado exercendo o seu legítimo direito à indignação pelas atitudes autoritárias da maioria PS na Câmara e na Assembleia Municipais de Abrantes, a qual continua a confundir “maioria absoluta” com “poder absoluto” e a praticar ou permitir obscenos abusos de poder, manchando indelevelmente a imagem e o bom nome dos órgãos do poder local democrático.”
No mesmo texto o movimento liderado por Vasco Damas considera o comportamento “autoritário” e aponta como principal protagonista o presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos. E deixa a pergunta: "Até onde irá o PS esticar a corda e a decência permitir?"
Segundo o movimento o presidente “manifesta-se de forma perturbada e perturbadora, intensamente persecutória e ofensiva da dignidade pessoal e responsabilidade política dos vereadores da Oposição (e dos Deputados Municipais do ALTERNATIVAcom, com a conivente complacência do respetivo presidente), aos quais os cidadãos eleitores atribuíram mandatos autárquicos que não podem ser – por qualquer forma ou pretexto – obstruídos ou condicionados, incluindo o pleno direito de expressão, sem interrupção, de acordo com o regimento e os princípios democráticos.”
O ALTERNATIVAcom no mesmo comunicado solidariza-se com a “atitude do vereador Vítor Moura e repudia publicamente mais este lamentável episódio que, no momento em que celebramos 50 anos de Abril, envergonha toda uma comunidade orgulhosa da sua liberdade e princípios democráticos.”
O ALTERNATIVAcom apela depois às forças autárquicas de Abrantes que “ajam em coerência e se juntem a nós na rejeição dos inócuos e falaciosos Relatórios de Avaliação do Grau de Observância do Estatuto do Direito de Oposição, aprovados pela maioria PS, contra os quais sempre nos opusemos, por vezes sós.”
E depois, no mesmo comunicado escreve que “Abrantes continuará a definhar enquanto se mantiver o pântano e nevoeiro democráticos instalados nos órgãos autárquicos e numa parte significativa da sociedade pelo Partido Socialista de Abrantes.”
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