Vasco Estrela, Anabela Freitas e Fernanda Asseiceira
Anabela Freitas (PS), presidente da Câmara Municipal de Tomar, foi eleita hoje presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT).
Depois de Maria do Céu Albuquerque ter sido nomeada para Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Anabela Freitas, que era a primeira vice-presidente da CIMT, assume agora o cargo de presidente da Comunidade.
Vasco Estrela (PSD), presidente da Câmara Municipal de Mação, é novamente vice-presidente da CIMT, juntando-se Fernanda Asseiceira (PS), presidente da Câmara de Alcanena, também como vice-presidente.
A reunião da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, que decorreu hoje no TagusValley, em Abrantes, teve como um dos pontos da ordem de trabalhos a eleição da nova mesa do Conselho Intermunicipal, que manteve a mesma configuração política anterior, aquando Maria do Céu Albuquerque, era presidente da CIMT.
Na sua primeira entrevista na qualidade de presidente da Comunidade, Anabela Freitas disse à Antena Livre que apesar das suas funções de presidente da Câmara de Tomar, quer ser “bastante interventiva” na CIMT.
Anabela Freitas realçou que a CIMT está com o quadro comunitário de apoio vigente a finalizar e já está a trabalhar no próximo quadro de apoio. E, neste sentido, “o território do Médio Tejo, e em concreto a nossa comunidade, deve ter um papel muito interventivo”.
Quando questionada sobre a existência de uma única identidade no Médio Tejo, a responsável considerou que “há um longo caminho a percorrer”. E justificou: “nós somos o único distrito do país com duas Comunidades Intermunicipais” e que trabalha com duas CCDR (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional). Em concreto com a CCDR de Lisboa e Vale do Tejo “nomeadamente para trabalhar as matérias do ordenamento do território” e a CCDR do Centro para trabalhar “as questões dos fundos comunitários”.
“Tínhamos uma identidade que foi construida durante séculos que foi o Ribatejo (…) e, portanto, se durante séculos se levou a esta construção do ribatejano, não é de um dia para o outro que se constrói a identidade – Médio Tejo. No entanto, os passos estão a ser dados”, vincou.
“Temos de ser competitivos" - Anabela Freitas
Sobre a importância da intermunicipalidade, a presidente da CIMT referiu que “cada vez mais há matérias que são supra concelhias. Nós temos de olhar além do nosso território para tratar algumas matérias”, como por exemplo a questão dos Transportes, a Proteção Civil e os Projetos Educativos, exemplificou.
“Temos de ser competitivos (…) e em vez de ser um Município a competir, faz mais sentido que seja uma região”, considerou Anabela, referindo que “aquilo que vier para um concelho do Médio Tejo será, certamente, bom para os outros doze”.
No que diz respeito às potencialidades do território, Anabela Freitas lembrou “os recursos endógenos. Desde a floresta e a agricultura, ao património e aos vários serviços que dispomos. E temos algo que poucas comunidades se podem orgulhar - temos os graus de ensino todos, desde o pré-escolar ao ensino superior, e há que valorizar cada vez mais a relação com o IPT. Porque, hoje em dia, os territórios só se tornam competitivos (…) se trabalharem em conjunto com unidades de ensino superior”.
Por último, a presidente da CIMT referiu-se a Fátima, como um local de grande atração turística e que o desafio passa agora por captar os turistas para a restante região. Para isso, a CIMT vai estar na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), no próximo mês de março, a promover o Stayover Fátima/Tomar, que “visa aumentar as dormidas no território e associar experiências espalhadas pelos 13 Municípios do Médio Tejo”.