O BE manifesta em comunicado a sua preocupação pela “falta de profissionais de Saúde no CHMT”, em concreto no hospital de Abrantes.
Lê-se no comunicado, que no dia 3 de abril, “os enfermeiros e assistentes operacionais afetos às urgências apresentaram, em bloco, um pedido de mobilidade para outros serviços o que representa um facto inédito e um sério aviso à Administração pois estes enfermeiros são formados para trabalharem especificamente nas urgências e a sua substituição por colegas de outros serviços diminui a qualidade do serviço. O mesmo se aplica aos assistentes operacionais pela sua experiência”.
O Bloco refere que a “situação já se arrasta desde 2012 aquando da reestruturação, levado a cabo pelo Governo PSD/CDS que centrou a urgência médico-cirúrgica do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), no Hospital de Abrantes”.
“Embora se tenham feitas algumas adaptações ao nível do espaço, este continua a ser insuficiente, assim como os profissionais. Uma requalificação profunda das urgências foi anunciada como estando concluído em 2019, mas, e até lá?”, questiona o BE.
“Utentes em macas e cadeiras de rodas fazem dos corredores enfermarias. A falta de privacidade provoca ansiedade e confusão principalmente nos utentes. Os profissionais são obrigados a trabalhar em espaços exíguos e têm a seu cargo um número muito superior de utentes. Esta situação é dramática para os profissionais pois sentem e sabem que, deontologicamente, não estão a conseguir desempenhar o seu trabalho. As baixas médicas aumentam e as substituições não acontecem sobrecarregando, cada vez mais, quem está nos serviços”, avança o comunicado da estrutura partidária.
No mesmo documento, o Bloco de Esquerda refere que “recentemente questionou o Ministro da Saúde por causa do financiamento insuficiente do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Verbas elevadíssimas são canalizadas para as Parcerias Público Privadas na Saúde as quais aplicadas no SNS permitiriam uma margem alargada tanto para a contratação de profissionais, como para a melhorias das instalações”.
Para o BE, “o problema das urgências do Hospital de Abrantes não se resolve só com a expansão das mesmas. É preciso dar condições dignas aos profissionais e para isso a contratação de novos profissionais é fundamental”.
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