Os deputados do Bloco de Esquerda (BE) Fabíola Cardoso, Nelson Peralta e Maria Manuel Rola apresentaram esta quinta-feira (9 de janeiro) um requerimento dirigido ao Ministério do Ambiente a propósito da poluição verificada no arranque deste ano no rio Tejo.
O BE enquadra a situação e depois pergunta: “tendo em conta os dados disponíveis na rede de vigilância instalada no já referido troço do rio Tejo - seja através de sondas, estações de monitorização e recolhas de amostras manuais e localizadas - quais as fontes poluidoras identificadas?” Ainda no mesmo requerimento o partido quer ainda saber se o ministro tem “conhecimento desta nova vaga de poluição, no rio Tejo, com particular incidência no concelho de Abrantes?” e quer também saber os resultados sobre as análises às amostras recolhidas e pergunta ainda as causas da constante variabilidade dos caudais do maior rio da Península Ibérica.
Explica o BE neste seu requerimento que estão registadas em vídeo as situações que voltaram a acontecer junto ao açude insuflável de Abrantes no final do ano 2019 com a água a registar uma anormal cor acastanhada e com a espuma intensa que se junta a jusante do açude. O BE diz que estas situações revelam “um padrão recorrente no rio Tejo”.
Revela ainda, na exposição ao Ministério do Ambiente, que segundo testemunhos de pescadores que se deslocaram ao local nos dias 31 de dezembro de 2019 e 5 de janeiro, já deste ano, “a espuma atingiu uma altura de cerca de um metro em ambas as margens e espalhou-se numa extensão considerável em direção à Vila de Constância.”
Por outro lado, o BE diz saber que nesta altura foram feitas denuncias para a linha SOS Ambiente e para a Polícia de Segurança Pública (PSP) de Abrantes e espera que haja uma identificação urgente da origem destes focos de poluição, tanto mais que o governo anterior criou um dispositivo de monitorização do rio Tejo por forma a ser mais célere na ação sobre estas situações anómalas.
O requerimento foi dirigido ao Ministério do Ambiente e da Ação Climática.