O Bloco de Esquerda (BE) pediu esta quinta-feira, dia 25 de janeiro, a intervenção direta do primeiro-ministro, António Costa, para resolver o problema da poluição no Rio Tejo, junto a Abrantes, distrito de Santarém.
“Ele saberá o que tem a fazer, mas tem que fazer alguma coisa porque o Tejo não pode continuar a degradar-se”, afirmou o deputado bloquista Carlos Matias, em resposta aos jornalistas, quando lhe perguntaram que tipo de iniciativa poderia tomar António Costa.
O parlamentar recordou as várias iniciativas do BE sobre o caso de poluição no Tejo, como as perguntas ao Governo, requerimentos, perguntas ao ministro do Ambiente sobre a matéria.
Depois das “inúmeras promessas” que “não têm qualquer tradução na realidade, como se comprova pelo episódio de ontem e de hoje, o primeiro-ministro não pode ficar calado, não pode permitir que esta situação continue”, concluiu.
Um manto de espuma branca com cerca de meio metro cobriu na quarta-feira o rio Tejo na zona de Abrantes, junto à queda de água do açude insuflável, num cenário descrito como “dantesco” pelo grupo ambientalista proTEJO e como “assustador” pelo município.
“Ando nisto há mais de três anos e este é um cenário dantesco e nunca visto”, disse à Lusa Arlindo Marques, dirigente do Movimento pelo Tejo – proTEJO, que neste período tem registado e denunciado episódios de poluição no rio, partilhando-os na internet.
Também à Lusa, o vereador do Ambiente na Câmara de Abrantes, Manuel Valamatos, disse à Lusa ter sido surpreendido por um “nível de poluição visual brutal”, uma situação “assustadora” e “acima de todos os parâmetros” ali registados.
Lusa