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CDS sugere revisão de licenças para descarga de águas residuais no Tejo

26/01/2018 às 00:00
Patrícia Fonseca

O CDS-PP questionou esta quinta-feira, dia 25 de janeiro, o ministro do Ambiente sobre a emissão de licenças de descarga de águas residuais no Tejo a várias empresas transformadoras emitidas pela Agência Portuguesa do Ambiente, sugerindo a sua revisão.

“Existem, ao longo do rio, várias empresas transformadoras com licenças de descarga de águas residuais emitidas pela Agência Portuguesa do Ambiente – ARH Tejo e Oeste e em vigor. Dados os muitos e recorrentes episódios de descargas poluentes no rio Tejo, não entende que se justifica a revisão dessas licenças?”, questiona a deputada Patrícia Fonseca.

A deputada do CDS-PP eleita por Santarém questiona também, numa pergunta enviada ao ministro do Ambiente, porque é que a recolha de amostras foi realizada 24 horas após a denúncia e pede “medidas concretas e definitivas para acabar com este flagelo que está a destruir um dos rios mais importantes e essenciais ao país”.

“O grupo parlamentar do CDS-PP tem vindo sistematicamente a questionar o Ministério do Ambiente sobre episódios de descargas poluentes, de norte a sul do país, mas infelizmente, na sua maioria, no rio Tejo, sendo também várias as iniciativas legislativas apresentadas e aprovadas pela Assembleia da República, muitas vezes unanimemente por todas as bancadas, para que sejam tomadas medidas rigorosas e assertivas contra este tipo de crime ambiental”, sustentam na pergunta enviada ao Governo.

O CDS defende que “a resposta do Governo é sempre no sentido de minorar a gravidade da situação e alguma passividade na resolução cabal deste atentado”, argumenta a deputada centrista.

Um manto de espuma branca com cerca de meio metro cobriu na quarta-feira o rio Tejo na zona de Abrantes, junto à queda de água do açude insuflável, num cenário descrito como “dantesco” pelo grupo ambientalista proTEJO e como “assustador” pelo município.

“Ando nisto há mais de três anos e este é um cenário dantesco e nunca visto”, disse à Lusa Arlindo Marques, dirigente do Movimento pelo Tejo – proTEJO, que neste período tem registado e denunciado episódios de poluição no rio, partilhando-os na internet.

Também à Lusa, o vereador do Ambiente na Câmara de Abrantes, Manuel Valamatos, disse à Lusa ter sido surpreendido por um “nível de poluição visual brutal”, uma situação “assustadora” e “acima de todos os parâmetros” ali registados.

Lusa

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