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Rio de Moinhos: CDU defende urgência em acabar com o desastre ambiental da ribeira de Rio de Moinhos e apresenta três propostas

23/07/2024 às 14:31

A CDU visitou esta segunda-feira, 22 de julho, a Ribeira de Rio de Moinhos, em conjunto com o grupo “Salvar a Ribeira”, nomeadamente as obras de requalificação da linha de água. A CDU esteve representada por Chaleira Damas, Ana Paula e Valter Cabral (dirigentes do PCP).

Em comunicado, a CDU destaca o investimento de 3 Milhões de Euros na ribeira e do qual “resulta um desastre ambiental, com a criação de problemas, por parte da Câmara Municipal de Abrantes, com a população. A começar nos Casais da Pucariça da União de Freguesias de Aldeia do Mato e Souto, o leito da Ribeira é esventrado e afundando, as margens são destruídas e alargadas para construir um canal de dimensão megalómana, que destrói a totalidade do seu “habitat” e que degrada, definitivamente, a riqueza ambiental que ali existe, ação destruidora esta que se vai estendendo para jusante.”

A CDU diz condenar “a atitude do executivo da Câmara de Abrantes em que avança para dentro das propriedades sem falar com os proprietários, sem obter a sua autorização expressa, sem ouvir a população, sem justificar o interesse do projeto, que vai desfigurar e degradar as condições ambientais desta Ribeira de água todo o ano.”

No mesmo documento a CDU diz ter conhecimento que há proprietários que reclamam os seus legítimos direitos. E depois destaca uma série de consequências para o leito e já com estragos à vista.

De acordo com os comunistas a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) tem dois pesos e duas medidas, já que anteriormente exigiu aos proprietários, procedimentos de bem-fazer o trabalho no leito da Ribeira da Pucariça, que agora são ignorados nesta obra pública.

A CDU revela ainda ter noção que “a obra procura responder aos efeitos das enxurradas de 2019 (tempestade Elsa), mas foi esquecido o que era fundamental, ou seja, a simultaneidade e a conjugação dos seguintes fatores: Os incêndios de 2017 destruíram a floresta que vegetava nas encostas deste vale; Sem floresta nas encostas a capacidade de reter água foi reduzida drasticamente; Agravado pelos trabalhos nas encostas realizados pelos proprietários para recuperar a sua floresta; Nestas particulares e irrepetíveis condições, às águas das chuvas juntaram-se, terras, pedras, arbustos e restos de árvores, fazendo aumentar, em muito, o volume do caudal da enxurrada; Agravado pelas passagens entre margens serem, na maioria precárias, sem capacidade para escoar o volumoso caudal, pelo que, ao entupirem fizeram as águas transbordar as quais exerceram a sua força destruidora”

Desta forma a CDU, no comunicado, vem exigir para a Ribeira de Rio de Moinhos o investimento necessário e essencial, nomeadamente em: Saneamento básico para ligar todas as habitações, deste belo vale, à rede pública doméstica a construir; Construção de pontões para pessoas e viaturas, capazes de escoar a água da Ribeira e não entupirem; Construção de bacias de retenção temporária das águas da Ribeira de Rio de Moinhos e dos seus afluentes, que contribuem para atrasar e reduzir o volume do escoamento, espaçar a junção das águas e minimizar os danos a jusante.

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