O encerramento da Torre do Parque Ambiental de Santa Margarida e do Parque Infantil na freguesia de Montalvo foram temas na reunião pública de Constância, que aconteceu nesta quinta-feira.
Sérgio Oliveira, presidente da Câmara, explicou ao restante executivo o motivo que levou o Município a encerrar os dois equipamentos. O autarca alegou questões de segurança e falta de manutenção no caso da torre do Parque Ambiental.
Já no que diz respeito ao parque infantil, Ana Filipa Montalvo (PS) explicou as razões invocadas pela ASAE para encerrar o referido parque e que têm a ver com a segurança das crianças e a certificação dos equipamentos.
“Todos os equipamentos do parque infantil têm de estar homologados e tal não acontece com, pelo menos, um equipamento. Houve queixas de cidadãos à ASAE”, referiu a vereadora.
Por sua vez, Sónia Varino (CDU) defendeu que devia ser do conhecimento público os perigos que existem, quer na torre do Parque Ambiental, quer no parque infantil de Montalvo para esclarecimento da população. Já Júlia Amorim (CDU) esclareceu que na sua presidência foram feitas intervenções no parque de Montalvo e contestou a legislação burocrática que existe em relação aos parques infantis dizendo que “qualquer dia, com tanta exigência, não há parques para as crianças”.
À margem da reunião e em declarações à Antena Livre, Sérgio Oliveira explicou o que vai ser feito nos dois equipamentos: “No caso da torre, estamos em fase de análise interna, ou seja, será feito um estudo se será possível recuperar o que existe. Se não for possível recuperar o que existe, terá de ser desmantelada e terá de ser procurada uma nova solução”.
“No caso do parque infantil, de facto a freguesia de Montalvo é uma freguesia que tem muitas crianças, diria até que é a freguesia que tem mais crianças até este momento, e aquele era um espaço de convívio das crianças, mas também das famílias. Nós tínhamos consciência disto, mas também não queríamos que aquele equipamento continuasse aberto correndo o risco de acontecer algum problema e uma nova queixa junto da ASAE”. É objetivo do executivo “manter as valências [do parque infantil] e enquadrá-las dentro do quadro legal que rege aqueles espaços”, referiu.
O presidente reconheceu que “por vezes, as pessoas têm dificuldade em encerrar equipamentos por questões de segurança. Eu não tive esse problema, nem nunca terei em fazê-lo, quando verificar que efetivamente os equipamentos não reúnem as mínimas condições de segurança”.
No decorrer da reunião, Sérgio Oliveira referiu que os dois encerramentos não disseram respeito “a nenhum tipo de aproveitamento partidário”, mas vincou que durante a campanha muitas vezes alertou “para o estado de degradação de alguns equipamentos”, como também “para a falta de limpeza da vila” e para a “falta de uma manutenção adequada às infraestruturas que existiam”.
“Este é um aspeto que não me deixa nada orgulhoso - após um mês da tomada de posse encerrar logo equipamentos, não é nada que me deixe feliz - mas foi simplesmente para acautelar a segurança das pessoas”, fez notar.
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