Rui Rio veio a Vila de Rei esta segunda-feira, dia 29 de julho, para se inteirar daquilo que aconteceu na semana passada, nos dias 20 a 24 de julho com os incêndios nos concelhos de Mação, Sertã e Vila de Rei.
O presidente do PSD reuniu-se durante cerca de três horas com os autarcas dos concelhos afetados e com atuais deputados e com as cabeças-de-lista do partido pelos distritos de Castelo Branco e Santarém.
Rio não adiantou muito da reunião, mas revelou que aquilo que ouviu nesta reunião não é nada daquilo que ouviu dizer ao governo. O governo diz que correu tudo bem e aquilo que ouviu contraria em tudo aquilo que foi dito. “Eu pensava, e todos os portugueses pensavam, e o ministro da Administração Interna tem dito que tudo está melhor desde 2017, mas as coisas estão melhores mas longe de estarem bem (…) há meios de combate, mas com tudo desorganizado e descoordenado dá um incêndio como podemos ver aqui atrás”, explicou Rio acrescentando que a descoordenação vai ao ponto de não saberem o número de operacionais para lhes ser servidas as refeições.
O líder do PSD reafirmou que sempre disse que não fazia visitas durante os fogos e por isso só agora veio ao terreno, para ouvir os autarcas. Ouvi-los como autarcas e como pessoas que vivem nestas zonas. E atira-se ao governo, sempre com o foco na descoordenação aparente nestes incêndios: “O governo cuidou de ir responsabilizando os autarcas, a comunicação social e a Proteção Civil, vai responsabilizando para que a culpa nunca seja dele. Mas no fim, a responsabilidade é do governo, a quem compete fazer a coordenação por alto”.
Rui Rio voltou-se para Eduardo Cabrita com uma frase direta: “O senhor ministro da Administração Interna disse que isto está tudo bem, tudo seguro. Se estivesse tudo bem e seguro não acontecia isto”.
Sobre a demissão do adjunto do secretário de Estado da Proteção Civil Rui Rio diz que há coisas esquisitas. “Se for tudo verdade, tal e qual como está nas notícias, isto é grave, não tem pés nem cabeça”. Recorde-se que a primeira notícia foi sobre as golas compradas que são inflamáveis, depois compradas a uma empresa de turismo, depois a um familiar de um autarca socialista e depois a um preço superior ao de mercado. Rio insistiu que quer ver tudo esclarecido.
Sobre os meios de combate o presidente do PSD disse que os meios existem e que o que parece ter acontecido é que houve uma descoordenação dos meios. “Não podia voltar a acontecer aqui o que aconteceu em 2017”.