Cinco anos depois, Abrantes volta a contar com uma Juventude Social Democrata (JSD) ativa. João Morgado foi eleito na manhã deste sábado, 11 de fevereiro, numas eleições em que se apresentou a sufrágio apenas uma lista.
A cerimónia da Tomada de Posse teve lugar esta tarde na Sala Polivalente da Biblioteca Municipal António Botto, em Abrantes e contou com a presença de Jorge Moreira da Silva, presidente Honorário da JSD, João Moura, presidente da Comissão Política Distrital do PSD, Gonçalo Bento, presidente da Comissão Política Distrital da JSD, Celeste Simão, vereadora da Câmara Municipal de Abrantes, Vasco Estrela, presidente da Câmara Municipal de Mação, Vasco Damas, vereador da Câmara de Abrantes eleito pelo movimento ALTERNATIVAcom, Alexandra Simão, presidente da Juventude Socialista de Abrantes, bem como muitas caras conhecidas ligadas ao PSD e à comunidade abrantina.
José Moreno Vaz, presidente da Comissão Política Concelhia do PSD de Abrantes foi o primeiro a usar da palavra. Disse ser “com grande gosto que vejo ser instalada esta Juventude em Abrantes porque há muitos anos que não tínhamos o órgão instalado”, sendo este um dos objetivos do PSD de Abrantes que, nos dois primeiros anos, “não nos foi possível”. O líder social-democrata em Abrantes referiu que “não é fácil juntar pessoas nesta altura e neste momento, não é fácil encontrar pessoas que participem nestas coisas, com vontade de trabalhar” e ver a sala composta por muitos jovens “deixa-me muito satisfeito”.
Quanto à equipa que agora vai liderar a JSD, “fiquei impressionado com a qualidade dos jovens que o João escolheu para o acompanhar”. Destacou “a postura, a sua forma de estar, a sua forma de ver a política e a sua disponibilidade para participarem”.
Seguiu-se a intervenção de João Moura, presidente da Comissão Política Distrital do PSD. O também deputado na Assembleia da República referiu que “grande parte do meu percurso político foi feito na JSD” e recordou que “a JSD de Abrantes já foi, há muitos anos, uma estrutura com dimensão, com peso político, com expressão”. É, portanto, nas palavras de João Moura, “um dia simbólico para a vida política da JSD mas também para o PSD de Abrantes. E diria mais: é um dia de grande esperança para o concelho de Abrantes”.
“O que nos move na sociedade e a nossa principal motivação de estarmos na política é criarmos condições para que as pessoas tenham uma melhor qualidade de vida”, disse. João Moura considerou que, hoje em dia, “aos jovens não interessa o que é estar mais à esquerda ou mais à direita. Aquilo que lhes interessa são as causas e as coisas que são defendidas por cada um dos partidos políticos”.
O presidente da Distrital do PSD não esqueceu “que o Partido Socialista tem uma hegemonia quase global no distrito de Santarém” e afirmou que uma das minhas fortes batalhas é contrariar esta hegemonia das políticas socialistas que estão implantadas no distrito”. É por isso, disse, “que este momento, este dia em Abrantes, também é importante”.
João Mira, recém-eleito vice-presidente da JSD de Abrantes, começou por dizer que “após cinco anos de inatividade da JSD de Abrantes”, a equipa à qual pertence sabe “bem ao que vimos”, apesar da inexperiência na política. “Vimos defender o direito ao futuro dos jovens de Abrantes, vimos defender uma visão reformista para o concelho e para o distrito e vimos defender também políticas que puxem pela cidade e que visem o progresso. Políticas que não façam com que Abrantes deixe de ser apelativa e dinâmica, que é o tem acontecido nos últimos anos”, disse.
O jovem social-democrata considerou que “nós temos de ser mais do que oposição, temos que ser a alternativa de esperança que Abrantes necessita”. João Mira defendeu também que “um jovem não se pode sentir diminuído nem inferiorizado pela cidade onde mora”.
Também o presidente da Distrital da JSD tomou a palavra. Gonçalo Bento disse ser “um grande orgulho estar hoje em Abrantes nesta reativação de concelhia”, pois como afirmou, “as reativações são o principal mote da ação da minha Comissão Política Distrital”. Referiu estar de saída da JSD dentro de um ano mas que “o maior legado que podemos deixar é um distrito com atividade política, em que os jovens saiam novamente para a rua com vontade de fazer política”.
Já quase a terminar a cerimónia, mas a tempo de ainda intervir, chegou Jorge Moreira da Silva que confessou ter-se deslocado a Abrantes “basicamente para agradecer ao João e aos novos eleitos o facto de terem dado um passo em frente e de terem abraçado esta causa”. Lembrou os seus tempos de “Jota”, da qual é presidente honorário, e das lutas que travou com alguns dos presentes na sala, como “o Vasco [Estrela], o João [Moura], o Jorge [Gaspar]… e uma pessoa que não está presente, que é um grande amigo meu deste concelho, o Pedro Marques”.
“Costuma-se dizer que cada geração tem a sua causa e o seu desafio a enfrentar. (…) A vossa geração está metida numa alhada maior”, afirmou o antigo ministro. Moreira da Silva explicou qua a atual geração “já não tem uma causa apenas (…) estão metidos numa policrise. São crises que se alimentam umas às outras, que se condicionam, que se sobrepõem, que não desaparecem. Que sempre que chega uma, torna outra ainda mais grave”.
Para exemplificar, disse que os jovens “têm uma mochila às costas. Ao contrário de outras gerações que tinham umas mochilas mais pequenas, vocês têm uma mochila de dívida, que não é só uma dívida financeira. É uma dívida em relação ao planeta e uma dívida em relação às próximas gerações”.
O discurso de João Morgado chegou no final. O recém-eleito presidente da Juventude Social Democrata de Abrantes disse que o que se pode esperar desta JSD “é intervenção ativa, consciente e pertinente. Que não criticará apenas por criticar, mas que oferecerá também e tudo fará para a concretização das soluções que acredita serem as mais corretas para os jovens deste município”.
Como principal objetivo, João Morgado quer “devolver a esperança, que há muito tempo foi perdida, num futuro próspero para Abrantes e preparar os jovens para os desafios que se aproximam”.
Numa análise sobre o concelho, o presidente da JSD considerou que “Abrantes tem estado estagnada, não oferecendo soluções de longo prazo aos seus habitantes, apenas remendando os pequenos problemas quotidianos”.
João Morgado e a sua equipa comprometeram-se, em primeiro lugar, a escutar os jovens do concelho e também outras pessoas ativas na comunidade. Posteriormente, será preparado o contributo que a JSD dará aos jovens abrantinos e ao PSD de Abrantes, aliando as suas ideias, irreverência e políticas ao que formos capazes de escutar da população mais nova”.
Da conferência que pretendem organizar, sob o mote «Que futuro para Abrantes?», “sairá depois o documento que orientará e será a guia para as definições da JSD de Abrantes”.
Mesa do Plenário:
Presidente: Pedro Coelho
Vice-presidente: André Dias
Secretário: Diogo Caleiro
Comissão Política:
Presidente: João Morgado
Vice-presidente: João Mira
Secretário: Luís Lopes
Vogais: Bárbara Damásio, Francisco Prates, Mariana Lobo e João Tavares
Suplente: Manuel Borges
Galeria de Imagens