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Legislativas: Legislativas: Proposta do PSD Santarém mantém Isaura Morais como cabeça de lista

1/12/2021 às 14:23
Isaura Morais

A distrital de Santarém do PSD vai propor hoje à direção nacional uma lista de candidatos às legislativas de 30 de janeiro de 2022 liderada pela atual deputada e vice-presidente do partido Isaura Morais.

João Moura, presidente da distrital e número dois da lista votada terça-feira à noite pela Comissão Política Distrital alargada, disse hoje à Lusa que todos os 14 nomes (nove efetivos e cinco suplentes) que serão apresentados ao final da tarde de hoje à direção nacional do PSD foram votados “de forma expressiva”, numa reunião que decorreu de forma “pacífica e ordeira”.

Além de Isaura Morais (Rio Maior) e do seu nome (Ourém, a concelhia com mais votantes no distrito), a lista que João Moura leva para Lisboa inclui em terceiro lugar a atual vice-presidente da Câmara de Santarém, Inês Barroso, indicada pela concelhia da capital do distrito, seguindo-se o secretário da distrital, Rui Rufino (Chamusca).

Em quinto lugar surge Tiago Carrão, atual vereador na Câmara de Tomar, depois Sónia Ferreira, vereadora na Câmara de Benavente, João Oliveira, presidente da distrital da JSD (Cartaxo), Tiago Ferreira, vereador na Câmara de Torres Novas, e Susana Vitorino (Coruche).

Salientando que a lista que será hoje proposta pela distrital de Santarém do PSD é “equilibrada” e respeita a “coesão territorial”, João Moura declarou-se convicto de que “será aceite”, mas frisou que parte para a reunião recetivo à negociação.

Nas eleições legislativas de 2019, a lista de deputados do PSD pelo círculo eleitoral de Santarém esteve no centro de uma polémica, com o presidente do partido a alterar a ordem dos nomes propostos pela distrital, passando Isaura Morais de número três para o topo da lista, fazendo descer João Moura, e retirando o nome indicado pela concelhia de Santarém, Ramiro Matos, fazendo-o substituir por Duarte Marques.

Na altura, João Moura afirmou que a imposição de Duarte Marques pela direção nacional se devia a uma “cunha” de Nuno Morais Sarmento.

O presidente da distrital social-democrata de Santarém disse hoje à Lusa que o “ruído” que tem surgido nos últimos dias em “alguma comunicação social” é “normal”, porque “os excluídos se sentem muito importunados”.

Para João Moura, não é aceitável que num distrito em que o partido tem elegido três deputados “haja um lugar cativo”.

João Moura disse que foi apoiante de Rui Rangel nas diretas que culminaram na reeleição de Rui Rio para a presidência do PSD, mas frisou não ter ocupado qualquer lugar na estrutura que apoiou aquela candidatura.

“Independentemente do que aconteceu nas diretas, a distrital de Santarém tem um mandato imaculado”, disse, sublinhando o “elogio” do presidente do partido ao trabalho feito nas autárquicas, por ter sido “o distrito que mais subiu” a votação, e o trabalho “em sintonia” desenvolvido no parlamento.

“Não há nenhuma razão para ruído. É uma deslealdade”, afirmou.

Nas legislativas de outubro de 2019, o PS elegeu quatro dos nove deputados do círculo eleitoral de Santarém, ao conquistar 37,1% dos votos, o PPD/PSD três (25,2%), o BE uma (10,2%) e a CDU um (7,6%).

A direção do PSD começa hoje “a ouvir” as indicações das estruturas distritais para a lista de deputados à Assembleia da República, mas só na próxima semana haverá decisões da Comissão Política Nacional.

Na audição das distritais, do lado da direção, estarão presentes o secretário-geral, José Silvano, o presidente da Mesa do Congresso, Paulo Mota Pinto, e o vice-presidente do PSD e diretor de campanha da recandidatura de Rui Rio, Salvador Malheiro.

A distrital de Santarém é uma das dez que serão ouvidas hoje, realizando-se as restantes reuniões no sábado.

Só na reunião da Comissão Política Nacional - na próxima semana, ainda sem data, mas antes do Conselho Nacional de terça-feira à noite - haverá decisões da direção sobre as propostas das distritais.

O Conselho Nacional está marcado para 07 de dezembro, em Évora, (com uma segunda data para dia 10, caso a lista de deputados proposta pela direção ‘chumbe’ na primeira tentativa), com o objetivo de as listas serem entregues nos vários tribunais em 15 de dezembro.

O prazo limite para a entrega da lista de deputados para as legislativas de 30 de janeiro termina em 20 de dezembro, um dia depois de terminar o Congresso do partido, que se realiza entre 17 e 19 em Lisboa.

Lusa

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