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Mação: Assembleia Municipal aprova Contas de 2017 com abstenção socialista

2/05/2018 às 00:00
Foto de arquivo

A Assembleia Municipal de Mação, aprovou, a 26 de abril, os documentos de Prestação de Contas da Câmara Municipal, relativos ao ano de 2017.

As Contas foram aprovadas pela maioria social-democrata e contaram com a abstenção da bancada socialista.

Vasco Estrela, presidente da Câmara Municipal, começou por anunciar que as taxas de execução “foram boas”. “Penso que foi uma execução muito razoável, ou boa, tendo em consideração o ano que foi. Não o ano eleitoral mas porque, bem vistas as coisas, estivemos meio ano focados no problema dos incêndios, quer durante o período crítico, quer após os incêndios, onde a nossa atenção teve que estar, naturalmente, mais concentrada para aquilo que era essencial, como ajudar as pessoas, acudir à população e tentar aliviar o problema que estava a existir”, referiu o presidente.

O autarca adiantou que “no essencial, cumprimos aquilo a que nos tínhamos proposto”. “As grandes obras que tínhamos previsto fazer, foram feitas e concluídas. Os apoios sociais que tínhamos proposto dar e manter também foram concretizados. Os lançamentos de projetos e iniciativas várias foram feitos, os projetos do PARU estão em execução e, em termos de projeto, estão praticamente concluídos”. Vasco Estrela concluiu que “as linhas mestras da nossa atuação em 2017 foram concretizadas de acordo com o que tínhamos previsto em 2016”.

Relativamente à dívida, o presidente disse estar “controlada” e explicou que houve um aumento da dívida de cerca de 600 mil euros em relação ao ano anterior “fruto do empréstimo contraído”. “Estamos a falar de um aumento de dívida de 600 mil euros quando contraímos um empréstimo de 1 milhão e 350 mil euros, com uma utilização em 2017 de 850 mil euros e parece-nos que não deverá haver nenhum sobressalto por esse motivo pois era algo perfeitamente expectável, tendo em conta que, como era óbvio, que iriamos utilizar um empréstimo daquela grandeza”. Referiu ainda que “aquilo que tínhamos contratualizado com o banco em causa era 1 milhão e 600 mil euros e só utilizámos 1 milhão e 350 mil euros e mantemos hoje uma margem de endividamento superior a 9ME. Portanto, a saúde financeira da Câmara é, ao dia de hoje, assinalável. Melhor hoje do que era a 31 de dezembro”.

O prazo médio de pagamento por parte da Autarquia também foi reduzido, passando agora a ser de 19 dias e, segundo Vasco Estrela, “a Câmara está em condições de encarar com alguma tranquilidade os próximos anos”. Isto se, como ressalvou, “não existirem sobressaltos de maior e se não se concretizar aquilo que, infelizmente, parece querer concretizar-se e que poderá fazer com que a Câmara tenha que tomar opções difíceis para os próximos anos”.

Vasco Estrela afirmou que, “tal como sempre dissemos, e mesmo quando tomámos posse no mandato anterior, é que deixaríamos uma Câmara perfeitamente capacitada para o futuro, ganhássemos ou não as eleições. A Câmara está de boa saúde e recomenda-se”.

Em sessão de Assembleia, o presidente referiu ainda que a Autarquia prescindiu de muitas verbas para aliviar mais as famílias, dando como exemplo o diminuto IMI praticado em Mação.

Por parte da bancada socialista uma das críticas que se fizeram ouvir deveu-se ao facto de o Executivo não ter levado em linha de conta algumas das propostas apresentadas pelos vereadores do PS no anterior mandato, Nuno Neto e César Estrela.

Vasco Estrela refutou essas acusações, disse compreender essas críticas “pois em todo o lado se diz mais ou menos o mesmo” e deu exemplos de como “as coisas não foram bem assim”. “Obviamente que, no essencial, as propostas foram as nossas. Os vereadores do PS foram dando os seus contributos quando entenderam que deviam dar”, afirmou.

Colocado o ponto a votação, a Prestação de Contas da Câmara Municipal de 2017 foi aprovada com os votos favoráveis da maioria social-democrata e contou com a abstenção da bancada do PS.

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