A piscina de Envendos, no concelho de Mação, voltou a ser assunto na última Assembleia Municipal de Mação, realizada na quinta-feira, na sede do Agrupamento de Escolas Verde Horizonte.
O presidente da Junta de Freguesia, João Luís Pereira, leu uma carta, que dirigiu ao executivo camarário, recordando que “a sua menina” – expressão que utilizou para se referir à piscina - ainda tem uma série de coisas em falta e solicitou à Câmara o término dos trabalhos previstos no local.
Em resposta, Vasco Estrela, presidente da Câmara Municipal, recordou que a proprietária da obra é a Junta de Freguesia e “que por um princípio de justiça”, deverá ser a Junta a assumir as restantes intervenções, contando com o apoio do Município.
“Desde a primeira hora que esta obra é da responsabilidade da Junta de Freguesia de Envendos, que é a dona da obra e que celebrou um protocolo com o Centro Social que é o proprietário do espaço”, começou por explicar à Antena Livre Vasco Estrela, tendo referido que “a obra custava 130 mil euros e que a Câmara apoiou com 90 mil e a Junta com 40 mil”.
“Afirma agora o senhor presidente [da Junta de Freguesia] que o dinheiro não chega e que é preciso fazer mais. E o senhor presidente da Junta de Freguesia quer que a Câmara assuma tudo o que falta fazer e eu já lhe disse que não, que a Câmara não vai assumir o que falta fazer. A Câmara vai assumir na mesma proporção que assumiu anteriormente. Se falta imaginemos 25 mil euros, a Câmara poderá apoiar com 18/19 mil e a Junta assumirá o restante valor. É preciso dividir esforços”, vincou o autarca.
Última Assembleia Municipal de Mação, realizada na quinta-feira
O presidente lembrou ainda que “a piscina está concluída, aliás foi inaugurada [no passado mês de outubro]. Os balneários e todas as infraestruturas de apoio estão concluídas. Contudo, há uma parte de arranjos exteriores que é importante terminar para que o equipamento fique com melhores condições. E não quer dizer que a piscina não possa abrir como está, obviamente que pode, mas com um aspeto que não é o ideal”.
Vasco Estrela considerou ainda que “o senhor presidente da Junta tem tido opções políticas legítimas de direcionar o orçamento [da Junta] para outros locais. Provavelmente, se não tivesse direcionado, já teria algum dinheiro para fazer face a esta obra”.
“Não é justo que a Câmara vá fazer o que falta fazer, quando não o fez no passado. Se não, o presidente de Junta de Freguesia anterior tinha legitimidade para questionar a nossa ação. A questão é simples: há um protocolo e nós cumprimos a nossa parte”, finalizou.