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Incêndios: MAI alerta para “pior conjugação de fatores desde Pedrógão Grande” (C/ÁUDIO)

9/07/2022 às 14:44

O ministro da Administração Interna alertou hoje para a “pior conjugação de fatores que há desde Pedrógão Grande”, em termos de risco de incêndios em Portugal, apelando a que se “faça tudo” para evitar que essa situação se repita.

“Quero transmitir, sublinhar, reforçar a mensagem de que efetivamente as condições são muito exigentes, e vão exigir muito de todos nós, para conseguirmos evitar o pior nos próximos dias. Evitar o pior significa mesmo enfrentarmos uma conjugação de fatores que é talvez a pior conjugação de fatores que há desde Pedrógão Grande”, afirmou José Luís Carneiro.

O ministro da Administração Interna falava aos jornalistas na Base Aérea de Figo Maduro, em Lisboa, pouco depois de ter sobrevoado, a bordo de uma aeronave P-3C Cup+ da Força Aérea, os incêndios que lavram em Carrazeda de Ansiães, no distrito de Bragança, e em Ourém.

Questionado se a atual conjugação de fatores pode fazer com que se repita uma situação como a que se viveu em Pedrógão Grande a 17 de junho de 2017 – que fez 66 mortos -, José Luís Carneiro respondeu: “Tudo temos que fazer para o evitar”.

“Mas é evidente que as temperaturas que podem alcançar os 44 e os 45 graus, ventos de leste tocados para noroeste com mais de 60 quilómetros horários, em período noturno, com noites consideradas noite tropicais, e com trovoadas secas (…) [fazem com que estejam] estão reunidas um conjunto de condições para que transformem os próximos dias nos dias mais exigentes que tivemos nos últimos anos desde Pedrógão Grande”, reiterou.

José Luís Carneiro, Ministro Administração Interna

Interrogado se o Governo tem agora mais meios para fazer face a esse tipo de situações do que em 2017, José Luís Carneiro afirmou que “as autoridades competentes para o reconhecerem, têm reconhecido”o esforço feito pelo executivo para reforçar os meios de combate aos incêndios.

“Todos têm reconhecido (…) que nós evoluímos muito do ponto de vista das competências e das capacidades técnicas, dos meios humanos e da forma como organizamos os meios humanos e tecnológicos”, sublinhou.

O governante ressalvou, no entanto, que “os meios são sempre finitos à luz da escala das variáveis” que se experienciam atualmente no território português, apelando a que a população portuguesa não tenha comportamentos de risco nos próximos dias.

“Comportamentos seguros, não fazer fogo, não usar máquinas agrícolas, florestais, ajudar as queimas e as queimadas é mesmo a maior ajuda que o povo português pode dar aos bombeiros portugueses e que pode dar para a segurança coletiva”, enfatizou.

Lusa

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