A Câmara de Abrantes realizou, na sexta-feira, uma visita guiada com a comunicação social local às várias obras que estão em curso no concelho.
Tratam-se de obras realizadas pelas Juntas de Freguesia, ao abrigo dos contratos interadministrativos de delegação de competências, através dos quais as Juntas de Freguesia realizam as obras, enquanto a Câmara assegura o montante do investimento. Mas também intervenções de regeneração urbana para recuperar património, financiadas por fundos comunitários do Portugal 2020. E ainda obras assumidas exclusivamente pelo orçamento municipal.
A Antena Livre acompanhou a visita que iniciou no Largo 1º de Maio. Maria do Céu Albuquerque, presidente da CM de Abrantes, começou por explicar que a intervenção ainda não tinha arrancado naquele local e que a Autarquia iria tentar “adiar o máximo possível [a obra] uma vez que o estacionamento no Convento de São Domingos está condicionado”, devido às obras de construção do MIAA.
Assim, a primeira empreitada que visitámos foi a obra do Museu Ibérico de Arqueologia e Arte, dentro do Convento de São Domingos. A autarca falou de uma obra que se impunha “sendo que as últimas notícias que vieram a público trouxeram algumas novidades relativamente a achados arqueológicos que foram sendo encontrados. É a nossa história que mais uma vez está a ser reescrita”. A empreitada, de cerca de 3ME, vai resultar num espaço de exposições, permanentes e temporárias, onde ficará parte da coleção de arqueologia e arte municipal, o espólio de pintura contemporânea da pintora Maria Lucília Moita e a coleção arqueológica Estrada, propriedade da Fundação Ernesto Lourenço Estrada, Filhos.
Convento de São Domingos em obra
Depois, demos uma volta por intervenções dentro da área urbana. Visitámos a urbanização do Condoal e a urbanização de Santa Luzia. Nos dois espaços, e por acordo interadministrativo com a União de Freguesias de Abrantes e Alferrarede, foram instalados novos parques infantis e um parque fitness.
“Podemos visitar intervenções “de bairro”, a requalificação de espaços públicos, que estavam obsoletos e subaproveitados. Visitámos também a zona de Canaverde, em Alferrarede Velha, onde também por acordo interadministrativo, requalificámos todo o espaço no que diz respeito aos passeios”, aludiu a presidente.
Bruno Tomás, presidente da União de Freguesias de Abrantes e Maria do Céu Albuquerque, presidente da CMA
De seguida, partimos para o norte do concelho, onde foi possível encontrar dois caminhos municipais requalificados. A estrada que liga o Souto ao Carvalhal, “que estava bastante danificada, que foi requalificada agora e que melhora aquela zona. Em Água das Casas, visitamos a estrada que foi requalificada, no centro da aldeia, e onde podemos conversar com os poucos habitantes daquele lugar e perceber o que é que significa para aquelas 20 e tal pessoas a melhoria dos acessos”, salientou Maria do Céu Albuquerque.
Em Água das Casas, Sónia Alagoa, presidente da JF e duas moradoras locais aguardavam pelo executivo camarário
Já no sul do concelho, foi possível encontrar a Unidade de Saúde Familiar de Rossio ao Sul do Tejo em obra e que vai servir cerca de 5 mil utentes. Em São Miguel do Rio Torto, a visita focou-se na praça central da localidade, onde a presidente falou ainda de um novo investimento - a instalação de um polidesportivo na Casa do Povo da aldeia.
Passámos por Arreciadas, onde visitámos o novo parque infantil da localidade. De seguida, foi possível conhecer a obra na estrada que liga São Facundo e Vale das Mós. “Uma estrada de terra batida e que era urgente asfaltá-la, uma vez que liga duas povoações, caso único no concelho”, salientou a presidente.
Estrada que liga São Facundo e Vale das Mós
Por último, a visita finalizou no Jardim do Alto de Santo António, onde a intervenção da Câmara ainda não está completa e o passo seguinte será “a requalificação dos campos ténis”, como referiu Maria do Céu Albuquerque, lembrando que o espaço dispõe agora de um novo parque infantil e de fitness, novos caminhos, nova iluminação e novo equipamento urbano.
A autarca abrantina recordou ainda que na urbanização junto ao café Nova Cidade, a Autarquia vai dar início “à requalificação do espaço público, dos passeios, à substituição de árvores e da rede de água”, bem como, vai “requalificar o Largo Espirito Santo, em Mouriscas, um dos projetos mais votados no Orçamento Participativo que vai avançar rapidamente”.
Maria do Céu Albuquerque salientou que a Autarquia tem contratado projetos a fundo perdido a rondar 10 ME e candidaturas aprovadas de cerca de 14 ME.
“São várias as intervenções que estão neste momento em curso. Por exemplo, o Colégio de Fátima que está neste momento com um valor orçamentado de 3 ME, ainda não foi adjudicado, mas será em breve e prevê-se um prazo de execução da obra de 720 dias. A Loja do Cidadão que vamos instalar por cima da Unidade de Saúde Familiar D. Francisco de Almeida. 700 mil euros também para instalar um conjunto de serviços de proximidade que importa também registar. O Museu de Arte Contemporânea Charters de Almeida, também com o procedimento já em curso, e num investimento de 2ME”.
Segundo a autarca, está ainda prevista “a ampliação da Galeria Quartel, que estamos na fase do projeto base. Prevê-se a ampliação e a construção de um corpo novo, para ampliar e criar condições para a instalação da coleção que nos foi disponibilizada, a coleção Fernando Figueiredo Ribeiro, que ficará em permanência. A igreja de S. Vicente, que vai começar em breve, foi consignada a obra no dia 13 de junho e não começou devido ao período das festas, mas vai iniciar esta semana”, avançou.
“O parque Intergeracional e a requalificação do Bairro de Vale de Rãs vão avançar, também no âmbito da regeneração urbana, dando sequência àquilo que iniciámos com o BairroConvida”. No que diz respeito ao parque de estacionamento do Vale da Fontinha, a presidente disse que “o procedimento está em curso, aliás abriremos as propostas durante o mês de julho. Fizemos algumas intervenções, agora é o asfalto, criar as vias de acesso e as condições para ter ali mercados e feiras todo o ano”.
Por último, Maria do Céu Albuquerque referiu-se às intervenções no centro histórico: “Estamos a cobrir algumas das ruas comerciais que não têm trânsito com toldos, para criarem sombreamento e as melhores condições para que o comércio possa continuar a fluir à semelhança do que tem acontecido nos últimos tempos com um conjunto bastante grande de espaços comerciais a voltarem a abrir”.
Em jeito de balanço, a presidente salientou que o conjunto de obras em curso, e que ainda irão decorrer, dizem respeito a “investimento de proximidade, de reabilitação urbana, de estímulo à economia local”.
“Em primeiro lugar, aquilo que queremos é corresponder a uma estratégia de qualidade do nível de vida. Porque para além de oferecermos melhores condições a quem já cá está, queremos também com isso tornar-nos mais competitivos (…) Queremos ser distintivos e queremos complementar aquilo que a região e o país querem para podermos trazer mais visitantes, mais turistas a visitar o nosso concelho”, fez notar.
As obras visitadas nas freguesias do concelho foram acompanhadas pelos diferentes presidentes de Junta, que salientaram à Antena Livre a importância dos diversos investimentos para a promoção da qualidade de vida dos cidadãos do concelho.
Joana Margarida Carvalho