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Proteção Civil: Plano de cheias Tejo ativado. Aumentos dos caudais causam constrangimentos em Abrantes, Constância e Torres Novas (c/áudio) (ATUALIZADA)

11/03/2025 às 11:00

A subida dos caudais do rio Tejo nas últimas horas levou a Proteção Civil a ativar o Plano Cheias na Bacia do Tejo, em nível amarelo. O plano foi ativado pela Comissão Distrital de Proteção Civil na noite desta segunda-feira.

Já esta manhã o comando sub-regional da Proteção Civil do Médio Tejo deu conta das descargas registadas, sendo o caudal debitado pelo conjunto das barragens com influência no Rio Tejo de 2153 m3/s às 07h00 de hoje. O Caudal registado em Almourol às 08h00 era de 2252 m3/s.

De acordo com a Proteção Civil “a manutenção dos caudais com valores perto dos 2000 m3/s na soma dos caudais das barragens, desde as 19h00 de 10 de março, constitui-se como fator de risco significativo no galgamento das margens do rio Tejo e consequente cheia.”

O Comando Regional de Emergência e Proteção Civil de Lisboa e Vale do Tejo e a Comissão Distrital de Proteção Civil de Santarém emitiram novo comunicado esta terça-feiram dia 11, às 13:30 horas, onde é feita uma atualização dos efeitos observáveis com os caudais a esta hora.

 

Município de Alpiarça

• EN 368 Alpiarça - Tapada

 

Município de Benavente

• EM1456 – Estrada do Campo

• Estrada da Minhola

 

Município de Salvaterra de Magos

• Rua da Falagueira, Marinhais

• Estrada do Paul Marinhais – Foros de Salvaterra

• Entre cruzamento EM 581 – Rua dos Casais e Rua do Custódio Russo

 

Município de Coruche

• Submersão do desvio à Ponte da Escusa - (Couço-Coruche)

• Submersão Estrada de Meias

• EN114-3 / EN 119 – Estrada da Amieira

• Ponte da Escusa

• Rua do Paul

• Passagem de Entre - Águas

 

Município de Golegã

• CM1 – Golegã - Quinta da Broa

• CM 30 Golegã - Azinhaga

 

Município do Cartaxo

• EN 3-3 Vale de Santarém - Lenço das 3 pontas

• E.N. 3.2 Valada – Porto de Muge

 

Município de Torres Novas

• Estrada Municipal 570 - Riachos

 

Município do Abrantes

• Estrada de canoagem, Alvega

 

Município do Constância

• E.M. Tramagal – Stª Margarida

• 80% parque de estacionamento

 

É espectável nas próximas horas, a manutenção dos caudais elevados debitados pelas barragens da bacia do tejo.

Estação Canoagem Alvega / foto Foto de Arquivo Marta Fernandes

David Lobato, comandante sub-regional do Médio Tejo da ANEPC deu conta dos constrangimentos e deixou os alertas para as populações das zonas ribeirinhas, para terem atenção à subida dos caudais do Tejo.

 

David Lobato, comandante Proteção Civil Médio Tejo

Em Abrantes os Bombeiros foram ativados ontem à noite para um resgate de pessoas que ficaram isoladas numa viatura devido à subida dos caudais do Tejo. A subida das águas cria, a zona dos aluviões de Alvega, ilhas e as quatro pessoas ficaram “presas” numa dessas ilhas.

Ainda durante a noite, António Manuel de Jesus, comandante dos Voluntários de Abrantes, indicou a necessidade de resgate de animais na zona de Arrifana, Rossio ao Sul do Tejo.

Há ainda uma nota de que esta manhã os operacionais foram novamente chamados a Alvega porque um rebanho de ovelhas terá ficado isolado com a subida dos caudais. Os bombeiros vão avaliar a necessidade de retirar os animais, consoante a evolução dos caudais do Tejo.

 

António Manuel Jesus, comandante dos Bombeiros de Abrantes

A Proteção Civil deixa uma mão-cheia de conselhos para os próximos dias, em que se prevê a continuação do tempo instável:

- Adoção de condução defensiva, reduzindo a velocidade e tomando especial atenção à eventual

formação de lençóis de água nas vias rodoviárias;

- Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou veículos;

- Retirar das zonas confinantes das linhas de água, normalmente inundáveis, animais, equipamentos

agrícolas e industriais, veículos e/ou outros bens para locais seguros;

- Desobstrução de linhas de água principalmente junto a pontes, aquedutos e outros estrangulamentos do escoamento e limpeza de linhas de água assoreadas;

- Limpeza dos resíduos sólidos urbanos (muitos deles de grandes dimensões) depositados nos

troços marginais dos cursos de água;

- Recolha ou trituração dos resíduos resultantes do corte dos salvados das áreas ardidas, de

atividades agrícolas e florestais localizadas nas margens das linhas de água;

- Verificação (e eventual reparação) de eventuais situações de desmoronamentos das margens das

linhas de água, de modo a evitar obstruções ou estrangulamentos;

- Inspeção visual de diques, ou outros aterros longitudinais às linhas de água, destinados a resguardar os terrenos marginais;

- Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.

 

(ATUALIZADA às 15 horas)

 

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