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Os deputados do PSD Nuno Serra e Duarte Marques deslocaram-se esta segunda-feira junto do açude, em Abrantes, para verificarem no local as operações de limpeza do rio.
Acompanhados por elementos da Comissão Política Concelhia, pelo vereador do PSD na Câmara de Abrantes e também pelo vice-presidente da Câmara, João Gomes, Duarte Marques frisou que este não é um problema partidário mas sim um problema de todos.
“Não é um assunto do PSD, não é um assunto do Partido Socialista mas sim um assunto que preocupa a todos e que interessa a todas as pessoas que querem o bem do rio Tejo”, disse o deputado.
Duarte Marques referiu os últimos acontecimentos no rio “que se agravaram de tal forma” que, segundo afirmou, “se calhar a espuma que aqui chegou teve até um bom resultado. Obrigar as autoridades a agir e a agir com força (…) pois o senor ministro finalmente começou a tomar medidas para combater o flagelo da poluição no rio Tejo”.
“Sabemos há muitos anos que a responsabilidade máxima sobre a poluição não vem de Espanha nem cai do céu”, acrescentou.
O deputado social-democrata anunciou, entretanto, que os deputados do PSD têm evidências de dois incidentes ocorridos numa central em Vila Velha de Rodão e aponta o dedo à empresa Celtejo. “O problema da poluição tem uma origem (…) e os deputados do PSD têm evidências que, nos dias 16 e 22 deste mês, houve dois incidentes numa central em Vila Velha de Rodão. Incidentes esses que obrigaram a empresa a ter que descarregar diretamente para o Tejo aquilo que era a sua produção. Portanto, tudo isto que estamos aqui a ver tem uma origem clara, é por isso que lá estão as autoridades, é por isso que há guardas à volta desta empresa a impedir que haja mais descargas e a garantir que a ordem do Governo é cumprida”. Questionado se se estava a referir à Celtejo, Duarte Marques confirmou que falava “em concreto da Celtejo, que será a causa maior deste mal mas falta apurar se há mais gente e se há mais responsáveis porque há mais empresas naquele local”.
Duarte Marques relembrou que o PSD “ficou isolado” quando pediu para ser incluído no Orçamento de Estado para 2018 “mais medidas, mais recursos e mais meios para a Agência Portuguesa do Ambiente” e que a proposta foi chumbada. “Percebemos hoje que os meios afinal não eram suficientes porque para impedir esta poluição era preciso mais gente, mais capacidade tecnológica e, sobretudo, mais vontade política”.
Duarte Marques disse esperar que esta “seja a última” tragédia a acontecer no rio “porque a partir de agora não há desculpas”.
“E não é por acaso que aqueles que sempre acusaram determinadas empresas de poluir o Tejo, foram acusados por essas empresas e foram perseguidos. A decisão do senhor ministro deve configurar a melhor resposta e o melhor argumento que essas pessoas que foram acusadas devem usar em tribunal para se defenderem de acusações que visam apenas silenciar aqueles que não têm medo de dar a cara”, assegurou Duarte Marques.
Quanto ao que o Partido Social Democrata vai fazer relativamente a este combate, Duarte Marques afirma que o PSD não muda de posição e fala de um reforço na legislação.
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