A Câmara Municipal de VN Barquinha aprovou por unanimidade, na última reunião do executivo camarário, a Estratégia Integrada de Desenvolvimento do concelho.
O documento orientador para os próximos anos foi elaborado pela empresa Augusto Mateus & Associados, num investimento autárquico de cerca de 12 mil euros.
Fernando Freire, presidente da Câmara Municipal de VN da Barquinha, começou por explicar à Antena Livre que é “uma estratégia que faz o respetivo enquadramento histórico e diagnóstico do concelho até à presente data. É uma estratégia articulada com a Estratégia Integrada de Desenvolvimento do Médio Tejo para no fundo alocar fundos comunitários aos vários projetos que temos”.
O autarca avança que foram “definidas várias orientações, nomeadamente três grandes vetores”. Um vetor que assenta na natureza, nos rios, no património e na produção artística e criativa. Um segundo vetor que “no fundo visa o alastramento da renovação urbana da Barquinha, com a intervenção em vários edifícios completamente degradados e com isenções feitas pelo Município. A consolidação de novas plataformas, ou seja, a relação dos cidadãos à Administração Pública e vice-versa. E, por último, uma orientação estratégica extremamente importante que tem a ver com o impulso da dimensão económica”, enumerou o presidente.
“A reativação da Base Aérea número 3, o desenvolvimento de um conjunto de apoios às empresas, nomeadamente na zona de Atalaia, e a criação do Ninho de Empresas e programas de apoio”, são outros objetivos previstos no documento orientador.
Fernando Freire explicou ainda que a estratégia definida para o concelho passa também pela promoção da “sustentabilidade ambiental, com a criação do saneamento básico das Madeiras e toda a zona nascente do concelho”, complementado as intervenções que foram feitas no último ano na ETAR da Praia do Ribatejo e no próximo ano na de Tancos.
“A questão da eficiência energética de edifícios públicos, que é transversal a um projeto de fundos comunitários a todos os concelhos da Comunidade Intermunicipal” e a “questão florestal com a criação de ZIF`S e outros mecanismos, para atenuar ou evitar os riscos florestais cada vez mais presentes”, também estão contempladas no documento.
O incentivo à mobilidade, ao Transporte a Pedido e ao uso do transporte elétrico, dotando o concelho com alguns postos de carregamento de viaturas elétricas é outro objetivo, bem como a promoção dos produtos endógenos, dos percursos ribeirinhos, dos recursos endógenos naturais e culturais.
O autarca barquinhense referiu-se ainda à área da Educação, dando conta que é necessário continuar a valorizar “a oferta educativa com a dinamização do Centro de Educação em Ciências, a aprendizagem experimental e também a avaliação das políticas educativas face aos novos desafios por parte do Governo”.
Por último, e também prevista, está a modernização tecnológica com a aquisição de meios informáticos e eletrónicos para facilitar o acesso dos cidadãos à Câmara Municipal e à Administração Pública.
“São estas as grandes vertentes, as grandes orientações estratégicas que foram apresentadas e que foram aprovadas por unanimidade”, na última reunião de Câmara realizada a 14 de junho.
Fernando Freire lembrou que todas as estratégias “são políticas, mas que para o bem e para o mal, quem ganhar as eleições a partir de outubro terá que ter orientações e terá que ter um fio condutor”.
“Os Governos alteram, as Câmaras alteram, mas tem que haver uma estratégia, tem que haver projetos estruturantes e nesta temática foram envolvidas várias entidades”. Contudo, continua a ser “um documento que está sempre aberto”, finalizou o autarca.
Executivo Camarário barquinhense