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A Semana da Ascensão’23 arrancou com a presença da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa e com o presidente da CCDR Alentejo, António Ceia da Silva, a que se juntou o vice-presidente da CCDR de Lisboa e Vale do Tejo, José Alho.
A ministra chegou para inaugurar um projeto de regeneração urbana e de mobilidade sustentável que é toda a envolvente ao Mercado Municipal da Vila. Esta é uma das intervenções que tem vindo a ser desenvolvido na Chamusca no âmbito do Plano de Ação de Regeneração Urbana (PARU). Trata-se da requalificação dos arruamentos tornando-o numa “mistura” de acessibilidades com automóveis, bicicletas ou zonas pedonais. Por outro lado, verificou-se a “arrumação” das barreiras como árvores ou sinalização.
E como referiu Paulo Queimado, o autarca da Chamusca, com amplitudes térmicas como existem não faltaram os “pontos de descanso” para a população mais idosa.
Ana Abrunhosa descerrou a placa com os presidente e vice-presidente das CCDR do Alentejo e de Lisboa e Vale do Tejo, porque no quadro atual da divisão territorial a Chamusca tem o seu território em Lisboa e Vale do Tejo, mas vai buscar o dinheiro ao Alentejo. Uma situação que estará quase a acabar, uma vez que no próximo quadro de apoio comunitário já deverá existir a nova NUT do Oeste e Vale do Tejo.
Antes da passagem pelo também renovado mercado municipal, Ana Abrunhosa recebeu um documento com as reivindicações da Comissão de Utentes do Distrito de Santarém a propósito da ligação Almeirim – Barquinha e sem esquecer a exigência da nova ponte sobre o Tejo.
Logo de seguida os convidados foram encaminhados para duas charretes para fazer o percurso, embora curto, até ao descerramento da placa referente às obras de requalificação urbana na zona da futura casa das artes.
Já na inauguração da Ascensão’23, Paulo Queimado, presidente da Câmara de Chamusca, começou por destacar a importância destas empreitadas de regeneração urbana na vila. E vincou depois alguns projetos que foram desenvolvidos apenas com financiamentos municipais.
Paulo Queimado sublinhou a importância da coesão da comunidade com o território para dizer que “muitas vezes sentimos nos como uma ilha.” Uma analogia à A13 e aos constrangimentos na ponte. “Não temos uma autoestrada no Parque industrial ou a 5 minutos da sede concelho. E quando me perguntam quando haverá essa ligação eu digo não sei. A distância tempo é, hoje, mais importante que a distância dos quilómetros.”
Depois das “queixas”, o autarca virou-se para o momento de abrir oficialmente as Festas do concelho que mostram o que de “melhor temos no nosso concelho. Temos as freguesias e as nossas associações.”
Para além da feira, há muito trabalho ao nível da cultura, cultura popular, e cultura tauromáquica porque a vila da Chamusca está no coração do Ribatejo.
Ceia da Silva, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, elogiou o presidente da Câmara com uma frase simples: “O presidente da Câmara Municipal sabe o que quer para a sua terra.”
E de seguida justificou a dizer que a Chamusca tem uma linha estratégica para os seus projetos, para o seu desenvolvimento.
Ceia da Silva sublinhou que só se pode inverter a tendência de despovoamento “se atrairmos empresas. Mas só vêm se tiverem acessos, condições estruturais para os seus filhos. Nunca recebi tantos investidores que querem investir nos nossos territórios como agora. Mas só vai resultar se houver uma estratégia comum para os territórios.”
E depois outro elogio, desta vez para a promoção que a autarquia faz: “Vocês são das autarquias que melhor trabalham a imagem, o marketing.”
Já Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, indicou que a Chamusca é talvez um dos maiores investidores na área social do Alentejo e do país, desde a infância à comunidade sénior.
Depois a governante disse que “não há sustentabilidade dos territórios se as raízes e as nossas bases não se mantiverem. E é isto que se passa com a semana da Ascensão que dinamiza a economia local.”
Ana Abrunhosa não esqueceu os empresários e a sua resiliência, que depois de uma pandemia têm uma guerra e uma crise de inflação e continuam a mostrar o seu trabalho.
A titular da pasta da coesão virou depois o seu olhar para o início de um novo quadro de apoio Europeu. “Temos de estancar a perda de população. Mas primeiro é que os que cá estão não tenham necessidade se sair.”
E a ministra não esqueceu o problema da Chamusca. “Temos de resolver um problema que a Chamusca tem. Vou daqui sensibilizada. Não está nas minhas mãos, mas não vou esquecer este assunto. Esta ligação entre Almeirim e A13 na Barquinha era sempre sinalizada. E ainda não há projeto. Que se comece a fazer o projeto, porque sem projeto não há possibilidades de ir buscar fundos de apoio. Já temos Ecoparque, mas não resolvemos essa situação. Peço-vos que não esqueçam esta situação.Aqui só será possível com o vosso desassossego. Isto é um projeto que não tem cor política no território”, sublinhou a titular da pasta da Coesão que, mesmo não sendo da sua área afirmou ir falar com o colega das infraestruturas e até mesmo com o primeiro-ministro.
Com entrada livre e gratuita a maior semana do concelho da Chamusca agrega todas as paixões culturais e gastronómicas da região e reúne anualmente milhares de visitantes. Recorde-se que em 2022, a vila da Chamusca recebeu ao longo da Semana da Ascensão mais de 100 mil visitantes, que vieram das mais diversas regiões do país para conhecer as raízes, a cultura e a tradição da vila considerada “O Coração do Ribatejo” e para desfrutar dos mais variados espetáculos de música e de teatro, folclore e provas desportivas, assim como da tradicional gastronomia da região, tasquinhas, mostras de artesanato e de produtos regionais, festa brava, atividades equestres ou taurinas, cultura e especialmente tradição.
Paulo Queimado, presidente CM Chamusca
Este ano a feira com um espaço dedicado especificamente à gastronomia Chamusquense. Na “Petiscaria”, diariamente às 19h15 (stand do Município), será possível assistir a livecookings/showcooking e degustar iguarias confecionadas com produtos endógenos do Concelho, tais como lampreia de ovos, couve a soco, sopa de cogumelo, carne à pinéu com arroz de feijoca, com Teresa Peixinho, torta de laranja, trouxas de ovos, sopa de ossos (vencedora da 1ª edição do Festival de Sopas de Vale de Cavalos), peixe do rio e osso buco no tacho com legumes.
Palco da Ascensão (palco principal)
A festa arrancou com o concerto de Os Quatro e Meia, no palco principal, segue-se Toy com um concerto Interativo, onde cabe ao público a tarefa de decidir a música que o artista vai cantar (14 de maio), Os Azeitonas (15 de maio), Carolina de Deus com Bárbara Tinoco como convidada (16 de maio), Karetus (17 de maio), Rosinha (18 de maio), Ivandro (19 maio) e Ana Bacalhau (20 de maio). O grande espetáculo de fado Chamusquense com Custódio Castelo (21 de maio) fecha a maior semana de cultura e tradição do Concelho da Chamusca.
Palco da Juventude (Jardim Municipal)
No Palco Juventude, no Parque Municipal, o programa começa às 00h00 e segue pela madrugada dentro com a atuação de grandes bandas e DJ’s do panorama nacional. O Dj Pedro Garrido e Hélder Tavares, da Cidade FM, e o DJ Voyd abrem a primeira noite (respetivamente às 00H00 e às 02H00 de 13 de maio), segue-se Funk Boys (00H00 / 14 de maio), o Dj Gonçalo Henriques, da discoteca Respública (00H00 / 15 de maio), o Dj André Gaspar (00H00 / 16 de maio), FunkOff e o DJ Angel da discoteca Kiay (respetivamente às 00H00 e às 02H00 de 17 de maio), Meninos do Rio e DJ Kito, da discoteca Seven (respetivamente às 00H00 e às 02H00 de 18 de maio). Na sexta-feira (19 de maio às 00H00) o palco é dos Bezourinhos com o espetáculo de comemoração do seu 10º aniversário, que terão como convidados os artistas Emanuel Moura e Elsa Gomes. A animação continua pela noite dentro com o DJ L_Barral (02H00). O Palco da Juventude encerra com o Dj Pedro Galinha e as convidadas Dj Joana e L’TTux que prometem uma noite animada recheada de grandes músicas (00H00 de 20 de maio).
Palco Arraial (Jardim Joaquim Maria Cabeça)
No Palco Arraial, no Jardim Joaquim Maria Cabeça (Maria Vaz), o programa começa com as Flamenquitas da Chamusca & Luna Flamenca e com o espetáculo de Joaquín Moreno – Flamenco Y Sevillanas (respetivamente às 19h00 e às 00h15 – 13 de maio). A festa continua no dia 14 com uma demonstração de Ballet (17h15) seguido de uma noite de fados com João Chora (00h15). No dia seguinte o palco conta com a atuação do Coro Sénior da Parreira e Chouto (19h30), com o espetáculo do acordeonista Rafael Jesus (20h00) e termina com a noite de fados com a fadista Marisa Ferreira (00h15). No dia 16 sobe ao palco o Coro Sénior de Ulme (19h30), Las Rocieras (20h30) e Rui Tanoeiro para mais uma noite de fados (00h15). Na véspera de Quinta-feira de Ascensão, 17 de maio, é a vez do Coro Sénior da Carregueira e da banda FH5 subirem ao palco (respetivamente às 19h30 e às 00h15). No dia mais aguardado da semana, quinta-feira de Ascensão, o palco Arraial conta com o “Trio Pica Cebolas” (16h00), com a atuação da Tuna Sénior da Chamusca e Pinheiro Grande (19h30) e com uma noite de fados pelo fadista João Chora (00h15). Na sexta-feira, 19 de maio, é a vez do Coro Sénior de Vale de Cavalos (19h30), do espetáculo de dança moderna protagonizado pelo Grupo Funny Girls (20h30) e da banda Be-King (00h15). No sábado, 20 de maio, o recinto acolhe o Festival de Folclore (17h45) e a atuação da banda Classics Band (00h15). A fechar a maior semana do Concelho da Chamusca estará a banda “Os Black Hat” (16h00), o espetáculo de sevilhanas “Detacón” (17h45), a Escola de Flamenco e Sevilhanas “Bailando” (18h30) e o baile com Custódio Vinagre (20h00).
Tradicional entrada de toiros, um dos momentos mais aguardados
O expoente máximo da Semana da Ascensão é a tradicional Entrada de Toiros em Quinta-Feira de Espiga, dia 18 de maio, feriado municipal, onde os toiros percorrem a artéria principal da vila desde a antiga Cooperativa da Chamusca até à centenária praça de toiros.
É neste dia que a vila da Chamusca recebe milhares de aficionados, que vêm em busca da emoção de ver passar os toiros e vivenciar um espetáculo verdadeiramente mágico e único, numa onda de entusiasmo e de emoção, que se traduz numa recriação de outros tempos, numa época em que a população esperava a chegada dos toiros bravos, que eram trazidos da charneca e das ganadarias para a vila, para a tradicional corrida de toiros em quinta-feira de ascensão ou para trabalharem nas lides do campo. Nessa altura eram estes animais que puxavam as charruas para lavrar as terras. O dia em que estes animais chegavam era sempre um momento alto e emocionante no concelho. Recorde-se que a Chamusca tem desde há muitos anos uma grande tradição ligada à tauromaquia, sendo que os primeiros registos que existem remontam ao séc. XVII.
Neste dia, festejam-se também os dons da terra, com a Tradicional Apanha da Espiga, nos campos da região. A tarde é marcada pela tradicional corrida de toiros (17H00) na centenária Praça de Toiros da Chamusca.
Clube de Produtores da Chamusca e Visit Chamusca
Durante a festa maior do concelho será ainda apresentado o Clube de Produtores da Chamusca (14 de maio/16h00), um projeto desenvolvido pela Companhia Portuguesa com o total apoio do Município da Chamusca, que nasceu com o objetivo de promover através de ações estratégicas o que de melhor se faz e se produz no território chamusquense, quer seja na gastronomia, com a doçaria e cozinha típica da Chamusca, como com os vinhos e licores, mel ou compotas, assim como também no artesanato. Durante o evento será divulgado o vídeo promocional do Clube de Produtores, bem como a entrega oficial do Mapa do Produtor, que estará disponível em versão física e digital.
No dia 20 de maio, às 16h00, será lançada a marca promocional Visit Chamusca, a nova plataforma de comunicação e divulgação do território, cultura e gastronomia do Concelho. No novo portal será possível descobrir os principais pontos turísticos de interesse, tradições, alojamentos e empresas de animação turística.
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