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Chamusca: Ascensão 2022 regressa em força para vincar as tradições ribatejanas (C/ÁUDIO E FOTOS)

24/05/2022 às 16:05

Esta quinta-feira assinala-se a Ascensão e o Dia da Espiga. É dia de festa em muitos locais do país e é o feriado municipal do concelho da Chamusca. E se após dois anos de paragem por causa da pandemia as gentes da região estão a visitar em força a vila, que se afirma como o centro do Ribatejo, nesta quinta-feira as atividades começam bem cedo com a tradição de ir aos campos apanhar a espiga, ou as plantas para fazer o raminho que se deve guardar até 2023.

Paulo Queimado, presidente da Câmara Municipal da Chamusca, destaca para este dia feriado municipal uma entrada de toiros, uma corrida de toiros mista, para além dos concertos. É um dos dias altos da semana da Ascensão que mantém a tradição de ser o dia da espiga.

Aliás, os ramos do dia da espiga marcam muitas das decorações de espaços da vila e estiveram mesmo em destaque na cerimónia de abertura das festas.

A abertura desta edição da semana da Ascensão, na tarde de sábado, dia 21 de maio, contou com a presença do presidente da Câmara da Chamusca, Paulo Queimado, do Secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Carlos Miguel, entre outros convidados.

No seu discurso de arranque oficial do certame, Paulo Queimado, destacou a importância deste evento: “Queremos mostrar o que é a nossa cultura, as nossas tradições e a nossa história, assim como os projetos que estão a ser desenvolvidos ao longo deste ano, seja a nível das Parcerias para o Impacto, seja ao nível de investimento social”. Paulo Queimado, referiu ainda que “somos o concelho com o maior investimento per capita a nível nacional, desde a infância à nossa comunidade sénior, e isso é algo que nos orgulhamos muito e vamos continuar a investir e a desenvolver”.

A necessidade urgente da conclusão do IC3/A13 foi um dos assuntos abordados pelo presidente de Câmara, sendo os constrangimentos e problemáticas causados na circulação rodoviária com destino ao Eco Parque do Relvão, na freguesia da Carregueira (Chamusca) um entrave ao desenvolvimento da região da Lezíria do Tejo e Médio Tejo, que abrange 24 municípios e uma população de cerca de 467 mil habitantes. Paulo Queimado, sublinhou que o desenvolvimento feito só tem sido possível fazer devido ao grande esforço do poder local, que tem tentado contrariar a tendência de desertificação do interior do país com a atração de empresas e indústrias de elevado valor acrescentado. “A atração de investimento produtivo, que deve ser considerado um desígnio nacional é consistentemente bloqueado pela realidade infraestrutural da região, nomeadamente a sul do Tejo pela ausência de uma ligação ferroviária e rodoviária eficaz, em que a conclusão do troço do IC3/A13 que permitirá ligar V.N. Barquinha a Almeirim, tem sido identificada em vários documentos como uma prioridade em termos de investimentos infraestruturais no país”.

Paulo Queimado, presidente CM Chamusca

Carlos Miguel, Secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, saudou todos os presentes, com principal enfoque para os cinco presidentes de junta das freguesias do concelho da Chamusca. O membro do Governo referiu-se à Semana da Ascensão como uma mostra essencial para o desenvolvimento económico, cultural e histórico do concelho, e à importância que este momento tem na vida de todos com o reencontro com os amigos e família, após dois anos de pandemia em que estes momentos de convívio estiveram restritos à família mais chegada. “Esta é uma mostra daquilo que melhor se faz na região, em que aqueles que o fazem mostram aos outros, o quanto vale a pena investir neste território. O meu desejo é que todos os pequenos e médios produtores, que aqui têm os seus produtos, nesta festa de Ascensão, aproveitem para também eles próprios ascenderem. É essencial que o façam não só para a sua própria empresa, mas também para que o território continue fértil”.

Relativamente ao investimento no interior do país, Carlos Miguel, sublinhou que “o governo olha com muita atenção para os territórios do interior, de baixa densidade com a consciência plena de que as coisas não se fazem como um acender e apagar de luz, é necessário fazer um trabalho cuidado, firme e espaçado no tempo, mas quanto mais cedo começarmos, mais depressa alcançamos a nossa meta. O objetivo é que haja uma competição mais equilibrada entre territórios. Com o Portugal 2030, que ainda está em negociações, não pretendemos ter uma receita geral para os concelhos de todos o país, mas sim uma receita que se ajuste a cada concelho, e que cada município aposte mais na educação, no saneamento, no turismo ou na saúde, consoante as suas necessidades”.

A cerimónia oficial de abertura continuou com o hastear das bandeiras Nacional, do Município e das cinco freguesias do concelho da Chamusca, que receberam das mãos de crianças das várias freguesias o maior símbolo desta festa: a Espiga, e terminou com o hino da Ascensão’22, cantado ao vivo por Rui Tanoeiro, acompanhado à guitarra portuguesa por Bruno Mira e à viola de fado por Pedro Pinhal e com uma visita aos stands.

A segunda-feira foi dedicada dedicado à população sénior do concelho da Chamusca e a uma das suas cinco freguesias, a Carregueira. O Espaço Social, com área específica no certame e onde estão representados os parceiros e todas as instituições e associações do concelho da Chamusca, que trabalham diariamente com a importante missão de proteger, identificar e contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população recebeu a visita protocolar que contou com a presença de Paulo Queimado, presidente da Câmara Municipal da Chamusca, de Renato Bento, diretor da Segurança Social de Santarém, de Cláudia Moreira, vereadora da Câmara Municipal da Chamusca com o pelouro da Ação Social, de Nuno Castelão, provedor da Santa Casa da Misericórdia da Vila de Chamusca, dos presidentes das IPSS do concelho, da diretora do Agrupamento de Escolas do Concelho da Chamusca, entre outros.

Renato Bento, sublinhou a importância das feiras sociais, que são uma forma de se poder dar a conhecer o que é feito no setor social no território.

Reportagem do jornalista Jerónimo Belo Jorge

Recorde-se, que no discurso de abertura do certame, que decorreu no sábado, 21 de maio, Paulo Queimado referiu que o concelho da Chamusca é o concelho com o maior investimento per capita a nível nacional no setor social, desde a infância à nossa comunidade sénior, sublinhando que “isso é algo de que nos orgulhamos muito e que vamos continuar a investir e a desenvolver”.

Chamusca apresentou o livro sobre os Costumes e Tradições do Concelho

A Semana da Ascensão teve início a 21 de maio, na vila da Chamusca, e segue até ao dia 29 do mesmo mês com um programa repleto de cultura e tradição. 

Foi também realizada a apresentação do livro “Costumes e Tradições - Associações Etnográficas do Concelho da Chamusca”, que contou com a presença de Paulo Queimado, presidente da Câmara Municipal da Chamusca e de Susana Cruz, a autora do livro.

Esta obra resultou de um trabalho de investigação feito por Susana Cruz, ao longo de vários meses. Tem o objetivo de contar a história do concelho da Chamusca e descrever os seus costumes e tradições, valorizando, o património cultural da região chamusquense. A obra contou com a colaboração da Câmara Municipal da Chamusca, das várias associações etnográficas e da banda filarmónica do concelho da Chamusca, em parceria com a Associação Tempos Brilhantes. No final da apresentação foi entregue, numa cerimónia simbólica, um livro a cada uma das associações. “Só conhecendo o nosso passado, a nossa história e as nossas tradições podemos compreender o presente e preparar o futuro, e estou certo de que esta obra é um grande contributo para as atuais e futuras gerações, convidando-nos a reviver passados longínquos e recentes”, salientou Paulo Queimado.

Para Susana Cruz, desenvolver este projeto “foi um desafio muito grande, não só pelo trabalho em si, mas também porque foi uma descoberta incrível e fascinante da região do Ribatejo, que quase não conhecia e que me deslumbrou”. A autora salientou que “As associações são o espelho daquilo que é a entidade regional e que este livro é um verdadeiro contributo para a divulgação da tradição, dos usos e costumes do concelho da Chamusca.”

Jerónimo Belo Jorge e Maria Francisca Carvalho

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