Os autarcas do Médio Tejo deliberaram esta quinta-feira, 16 de janeiro, por unanimidade, no Conselho Intermunicipal da CIM do Médio Tejo, solicitar uma reunião, com carácter de urgência, ao Ministro das Infraestruturas e da Habitação.
Reiterando uma posição assumida anteriormente, os autarcas querem obter uma definição política clara e objetiva sobre o aeródromo de Tancos, uma infraestrutura aeronáutica essencial para a região do Médio Tejo e para o interior.
Os autarcas recordam que o atual Aeródromo Militar de Tancos, situado no Polígono militar de Tancos, no concelho de Vila Nova da Barquinha, é uma infraestrutura gerida pelo Exército Português.
A ex-Base Aérea n.º 3, da Força Aérea, está dotada de 2 pistas de 2440 m e 1200m de comprimento, respetivamente. Ambas apresentam grande potencial, contudo, carecem de intervenções urgentes nas infraestruturas aeronáuticas adjacentes. Uma intervenção, com a conservação ou criação de novas infraestruturas tendo em vista o desenvolvimento da região e da coesão nacional contribuiriam para atenuar assimetrias de desenvolvimento desta região muita dela em zonas de baixa densidade.
Desde há largos anos se tem vindo a equacionar a pertinência de aproveitamento desta infraestrutura, conjugando funções militares e civis, para criação de um aeroporto regional (Estudo CEDREL 1999).
A criação de um aeroporto regional “permitiria dar resposta adequada a atividades empresariais, militares, de turismo cultural, de lazer e religioso” que há muito se reclamam e permitiriam uma penetração no mercado internacional das empresas da área da indústria automóvel (em Abrantes), os curtumes (Alcanena), os têxteis, a exploração florestal, a madeira, o mobiliário (Sertã, Mação e Vila de Rei) e o papel (em Constância e Torres Novas), reivindicação há muito sufragada pelos empresários locais.
Sabendo da presença de infraestruturas ferroviárias em Almourol, Tancos, e no Entroncamento (linha do Leste e do Norte); da plataforma logística na região (Riachos-Torres Novas-Entroncamento); de duas estradas confinantes, A23 e a A13, os membros do Conselho Intermunicipal do Médio Tejo salientam que “a abertura de um aeroporto civil-militar em Tancos permitiria alavancar a dinâmica económica de toda região e o potencial turístico dos milhões de passageiros que se dirigem a Fátima”.