Um incêndio na CAIMA, indústria de celulose em Constância, chegou a ser combatido por 90 operacionais apoiados por 33 veículos, segundo o sítio da internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
O incêndio deflagrou num silo de biomassa, pelas 15:37 e as chamas ficaram confinadas àquele local.
Às 17:05, segundo o CDOS de Santarém, mais de 50% do fogo estava já em resolução. Houve um ataque inicial rápido e muito musculado para confinar as chamas apenas ao silo onde deflagraram, já que o edifício encontra-se no parque de madeiras com toneladas de toros de eucalipto para a celulose.
Como as chamas foram num espaço interior o grau de exigência dos operacionais foi mais elevado já que todos os que estavam na linha da frente tinham de utilizar botijas de ar comprimido para poderem respirar em condições e, desta forma evitar a inalação dos fumos e dos gases. De referir que com este sistema é necessário que a cada 30 minutos estes operacionais sejam substituídos por outros. Este é o tempo médio que dura cada garrafa de ar. As equipas vão sendo substituídas e as garrafas de ar têm de ser recarregadas por duas viaturas (Abrantes e Rio Maior) presentes no local. Para este teatro de operações foram acionadas duas autoescadas para fazer o combate em altura assim como seis veículos tanque de grande capacidade para alimentar as linhas de água que estavam a operar. Umas para arrefecimento da estrutura e outras para arrefecimento da biomassa que ia sendo retirada por duas máquinas operadas por trabalhadores da celulose.
À Antena Livre, o comandante dos Bombeiros Voluntários de Constância, Marco Gomes, explicou o que aconteceu na Caima. E explicou a complexidade destas operações que vão entrar pela noite e pela madrugada.
Marco Gomes, comandante Bombeiros Voluntários de Contância
Não houve qualquer registo de feridos nem danos materiais além do silo em que se registou a ignição.
Sérgio Oliveira, presidente da Câmara Municipal de Constância, esteve no local a acompanhar os trabalhos e falou do susto que este incêndio provocou.
Pelas 18 horas, ainda no local, o jornalista Jerónimo Belo Jorge fazia o ponto de situação deste incêndio.