Carlos Cortes foi ontem eleito bastonário da Ordem dos Médicos, com 11.176 votos, num ato eleitoral que contou com 19.312 votantes, informou aquela ordem profissional.
O adversário nesta segunda fase eleitoral que ontem terminou era Rui Nunes, que obteve 6.867 votos.
O bastonário eleito, Carlos Cortes, tomará posse em data a anunciar até 30 dias depois da publicação dos resultados definitivos.
Além de Rui Nunes e Carlos Cortes, concorreram na primeira volta ao cargo de bastonário para o triénio 2023/2025 Alexandre Valentim Lourenço, Bruno Maia, Fausto Pinto e Jaime Branco.
Carlos Cortes, eleito para o triénio 2023/2025, substitui no cargo o médico urologista Miguel Guimarães, que termina agora o segundo mandato.
“Juntos pela Saúde” foi o lema do candidato Carlos Cortes, especialista em Patologia Clínica e presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos no anterior mandato, que se propõe a liderar uma ordem “autónoma, independente e sempre interventiva, que não seja complacente ou submissa” e garante que será um bastonário “aglutinador e de proximidade”.
À margem da reabertura da Unidade de Cuidados Intensivos de Cardiologia da Unidade de Abrantes do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) o presidente do Conselho de Administração, Casimiro Ramos, disse que ficou satisfeito com a eleição e que lhe endereçou os parabéns na hora em que viu a notícia em flash na televisão. Na mensagem escrita Casimiro Ramos disse que escreveu: “Parabéns Doutor, eu sabia que a missão ia ser cumprida.”
Depois acrescentou “para nós é um orgulho, uma felicidade, porque do nosso ponto de vista o país vai ter alguém com uma dedicação, com uma competência, com uma serenidade, com um bom senso que eu acho que a saúde necessita, da parte da Ordem dos Médicos”, esclareceu Casimiro Ramos, que acrescentou que não sabe ainda de é possível Carlos Cortes acumular as funções de Bastonário com as de diretor do serviço de Patologia do CHMT. Mesmo assim, garantiu, se não puder ser o serviço está preparado para os desafios. E um desses grandes desafios, que tem sido liderado por Carlos Cortes, é a criação de uma unidade de investigação em Tomar com a criação de um laboratório nível 3 de segurança que permite elevar os serviços e os padrões deste serviço que, recorde-se, destacou-se no período da pandemia de Covid-19 com a capacidade de realização de 2 mil testes por dia.
Casimiro Ramos, presidente CA CHMT
“Agradeço a todos os médicos que expressaram o seu voto, num verdadeiro ato democrático e plural, bem como a todos os que se envolveram, como candidatos, neste processo eleitoral da nossa Ordem. É aos Médicos e aos doentes a quem me dedico e dedicarei nos próximos anos”, referiu Carlos Cortes num comunicado divulgado na quinta-feira à noite.
Carlos Cortes dirigiu também uma palavra de apreço aos cinco candidatos a bastonário (Bruno Maia, Alexandre Valentim Lourenço, Fausto Pinto, Rui Nunes e Jaime Branco), afirmando que será um bastonário agregador e de união da classe médica e que contará com “todos para melhorar a vida dos Médicos e dos Doentes”.
“Neste momento difícil que atravessamos, exigirei que o papel central dos Médicos no sistema de Saúde seja reconhecido e valorizado, sem exceções. Serei um bastonário de intervenção no setor - e, nomeadamente, no Serviço Nacional de Saúde. Serei a voz de todos os Médicos pela dignificação da profissão, pela melhoria das suas condições de trabalho, pela valorização e segurança do Ato Médico e pela qualidade da prestação dos cuidados de saúde em Portugal”, sublinha.
O médico assegura ainda que será “intransigente com quaisquer ingerências externas” na Ordem e ameaças à sua independência: “Uma Ordem forte é a força dos Médicos”.
(C/Lusa)