O Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) reduziu a sua dívida, de 37,1 milhões de euros (ME), em 2013, para os 23 ME, em 2018, tendo verificado um "aumento muito expressivo" da atividade assistencial, anunciou a instituição esta segunda-feira.
Na análise decorrente dos números provisórios do ano de 2018, o CHMT, que abarca as unidade hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, (Santarém) refere, em comunicado, verificar-se que "a situação financeira do Centro Hospitalar do Médio Tejo, EPE, tem evoluído de forma muito positiva", tendo feito notar que "a dívida total desceu dos 37,1 milhões de euros, em 2013, para os 23 milhões de euros em 2018".
A par desta redução, acrescenta, "a dívida vencida diminuiu em 2018 para 16,8 milhões de euros face aos 23,4 milhões de euros do ano de 2013", resultados financeiros que o Conselho de Administração (CA) do CHMT refere serem "tanto mais significativos quando se tem verificado o aumento muito expressivo, e desde 2015, da atividade assistencial aos utentes do Centro Hospitalar".
Na mesma nota informativa, o CA dá conta que o Centro Hospitalar do Médio Tejo, EPE, já este ano, através de despacho do Governo datado de 26 de fevereiro, "recebeu um aumento de capital, visando exclusivamente o pagamento, por ordem de maturidade de dívida vencida, no montante de 10,3 ME", valor que foi atribuído em duas tranches.
A primeira tranche, no valor de 2,9 ME, foi creditada na conta do CHMT a 27 de fevereiro, o que "permitiu a liquidação de dívida vencida até março de 2018 a fornecedores externos nesse mesmo dia", pode ler-se na mesma nota, estando a utilização da segunda tranche, no montante de 7,3 ME, "pendente de autorização por parte da tutela, prevendo-se que esta autorização ocorra ainda dentro do 1.º trimestre de 2019 e que permitirá efetuar o pagamento de dívida vencida até agosto de 2018".
Tendo por base os "valores de encerramento do mês de fevereiro, em que o valor das dívidas a fornecedores ascende a 24,1 ME de dívida total e a divida vencida é de 17,9 ME", após a utilização do restante valor do aumento de capital, "o CHMT ficará com uma dívida vencida de cerca de 10,5 ME", sublinha o comunicado do CHMT.
Citado na mesma nota, o presidente do Conselho de Administração do CHMT, EPE, Carlos Andrade Costa, refere que "o referido valor da dívida, de 10,5 ME, significa o valor mais baixo da história do CHMT, EPE", em investimento do Ministério da Saúde que "procura corresponder ao aumento muito significativo da atividade assistencial realizada em prol da população do Médio Tejo, que tem vindo a verificar-se desde o ano de 2015", conclui.
Constituído pelas unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, separadas geograficamente entre si por cerca de 30 quilómetros, o CHMT funciona em regime de complementaridade de valências, abrangendo uma população na ordem dos 260 mil habitantes de 11 concelhos do Médio Tejo, no distrito de Santarém, Vila de Rei, de Castelo Branco, e ainda dos municípios de Gavião e Ponte de Sor, ambos de Portalegre.
Lusa