Economia Circular é um conceito que está na ordem do dia, pelo menos na ótica da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) que começou realizar algumas ações relacionadas com este tema. A 16 de janeiro o Conselho Intermunicipal do Médio Tejo aprovou o seu Plano Intermunicipal de Economia Circular para os 13 conselhos que integram esta região.
Para a concretização do plano agora aprovado foram desenvolvidas algumas ações necessárias a esse fim, como a realização de uma análise à central de compras da CIM do Médio Tejo. Ou seja, foram avaliadas as compras públicas, as principais tendências e prioridades estratégicas, boas práticas e objetivos em matéria de economia circular noutras áreas de intervenção.
No mesmo documento consta ainda diagnóstico que incidiu nas estratégias a adotar, onde se refere que foram auscultados os municípios associados da CIM do Médio Tejo. Estas ações permitiram criar um plano que apresenta seis eixos.
Em comunicado a CIMT apresenta os seis eixos de trabalho para a economia circular:
-Uso eficiente de recursos, ao nível da gestão eficiente da energia, água, efluentes e outros recursos relevantes;
-Compras públicas ecológicas e circulares, tendo por base os critérios ecológicos e de circularidade nos procedimentos de compra;
-Logística, transporte e mobilidade circular no transporte público e privado de pessoas e de bens de consumo;
-Gestão circular de fluxos de materiais e resíduos na valorização de resíduos e no desenvolvimento de novos produtos de origem biológica;
-Educação, sensibilização e parcerias, através da educação ambiental e a adesão a iniciativas nacionais e internacionais sobre o tema;
-Ecodesign de produtos/serviços e construção sustentável que preveem o prolongamento da vida útil, a reutilização, reciclagem e reparação, bem como a renovação de edifícios e desenvolvimento de novos produtos.
Este plano surge na sequência de uma candidatura para apoiar a economia circular no setor das compras públicas. Desta forma foi assinado o contrato de financiamento entre a CIM do Médio Tejo e o Fundo Ambiental em agosto de 2018. O projeto tem um investimento de 73 mil euros e 58 mil de cofinanciamento. Tem como objetivo principal a “definição de um plano interno de boas práticas, totalmente, dedicado à economia circular”.
No mesmo âmbito já foram realizadas formações com técnicos municipais foram incluídos critérios de economia circular no âmbito do acordo quadro das refeições escolares a serem futuramente adotados pelas entidades aderentes da central de compras da CIM do Médio Tejo.
A economia circular é, segundo o site eco.nomia.pt “um conceito estratégico que assenta na redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais e energia. Substituindo o conceito de fim-de-vida da economia linear, por novos fluxos circulares de reutilização, restauração e renovação, num processo integrado, a economia circular é vista como um elemento chave para promover a dissociação entre o crescimento económico e o aumento no consumo de recursos, relação até aqui vista como inexorável”.