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Mação: Cine-Teatro integra Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses

27/03/2025 às 12:28

O Cine-teatro de Mação passou a integrar a Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses (RTCP). A nível nacional, são já 99 os equipamentos que compõem a Rede e agora, após as obras de requalificação, o Cineteatro de Mação já pode concorrer a diversos apoios na programação.

A informação foi dada pela presidente da Câmara de Mação, Margarida Lopes, na reunião do Executivo Municipal desta quarta-feira, dia 26 de março.

“Somos o 99.º equipamento a integrar a Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses e é com grande satisfação que vimos validado e certificado o nosso Cine-Teatro”, disse Margarida Lopes.

Inaugurado no dia 25 de abril de 2022, após obras de requalificação, tratou-se de um investimento “de cerca de 900 mil euros, já com equipamento que não foi comparticipado pelo programa PARU (Plano de Ação de Regeneração Urbana). E com mais 150 mil euros das obras do espaço exterior, falamos de um investimento de mais de um milhão de euros”, disse, na altura o presidente Vasco Estrela.

Para fazer parte da Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses, o Cine-Teatro de Mação “teve que cumprir certos requisitos”, avançou Margarida Lopes e, na página da internet da RTCP pode ler-se que que na fase de implementação, a credenciação passa pela “avaliação e reconhecimento oficial da qualidade técnica dos equipamentos culturais”.

A partir de agora, o equipamento tem a possibilidade de “concorrer a financiamentos para a programação”, bem como em questões de “formação e valorização dos recursos humanos”.

Margarida Lopes reconheceu que para além “de integrarmos uma Rede que tem todos estes requisitos, valoriza o próprio equipamento cultural e enaltece o concelho e a reabilitação que ali foi feita. Foi uma aposta ganha e Mação está de parabéns”.

Na região do Médio Tejo, são agora seis os equipamentos aprovados. São eles, para além de Mação, o Centro Cultural Gil Vicente, de Sardoal, o Cine-Teatro Paraíso, de Tomar, o Cine-Teatro S. Pedro, de Alcanena, o Teatro Municipal de Ourém e o Teatro Virgínia, em Torres Novas.

 

O que é a RTCP?

Na página da internet, pode ler-se que “a Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses (RTCP) é um instrumento estratégico fundamental para o combate às assimetrias regionais e para o fomento da coesão territorial no acesso à cultura e às artes em Portugal, assente na descentralização e na responsabilidade partilhada do Estado central com as autarquias e as entidades independentes. Com a publicação da Portaria de credenciação dos teatros, cineteatros e outros equipamentos culturais, foi dado o primeiro passo para a institucionalização da RTCP há muito aguardada, em particular, pelas entidades artísticas e pelos municípios. A Portaria vem estabelecer os requisitos para a credenciação dos teatros, cineteatros e outros equipamentos culturais com a finalidade de integrarem a RTCP”.

Tem como objetivos, através do apoio às entidades, “contribuir para incrementar a procura e oferta culturais, aumentar as coproduções entre entidades, reforçar a circulação de obras artísticas, fomentar a articulação programática entre equipamentos da Rede, envolver agentes culturais e artísticos locais, desenvolver estratégias de mediação e boas práticas na transição digital, sustentabilidade ambiental, inclusão e acessibilidade física, social e intelectual”.

As fases de implementação passam pela credenciação e apoio à programação.

“Esta fase consiste na avaliação e no reconhecimento oficial da qualidade técnica dos equipamentos culturais para integrarem a RTCP, possibilitando assim a candidatura ao programa de apoio e garantindo o cumprimento de padrões de rigor e de qualidade no exercício das suas respetivas atividades culturais e artísticas. A credenciação pode ser requerida pelo proprietário do equipamento cultural através de formulário disponibilizado no sítio na Internet da DGARTES.

O apoio a conceder às entidades gestoras dos equipamentos credenciados na RTCP, destina-se à programação que englobe projetos das artes performativas e, complementarmente, de cruzamento disciplinar e das artes visuais. Com a duração de quatro anos, visando, assim, a estabilidade, qualidade e consolidação da programação dos equipamento credenciados, a sua abertura ocorre, no máximo, de dois em dois anos, como forma de assegurar um ritmo dinâmico e assíduo de equipamentos e de novas entidades a financiar no âmbito da Rede. A apresentação de candidaturas é efetuada igualmente em formulário disponibilizado no sítio na Internet da DGARTES.

Paralelamente ao processo de implantação da rede, é ativado, em termos nacionais, de forma inédita, um conjunto de ações de valorização e qualificação de recursos humanos, tendo por objetivo estratégico a renovação gradual do tecido cultural credenciado e apoiado no âmbito da RTCP. Com enfoque em várias áreas/funções profissionais (da técnica à produção, da mediação à comunicação, da literacia laboral ao atendimento ao público), contribuirá para uma maior capacitação dos equipamentos que integrem desde logo a RTCP, bem como de outros que sejam potenciais candidatos a membros da rede, criando-se, assim, mais condições para o crescimento qualitativo das equipas que os integram.

Prosseguindo uma visão estruturante para o setor cultural, a RTCP articula-se com o novo Regulamento dos Programas de Apoio às Artes e com o Estatuto dos Profissionais da Área da Cultura — três instrumentos basilares da atual política pública para a cultura que refletem um trabalho de proximidade, auscultação ativa e governação participada, tendo em vista a correção de assimetrias regionais, a fixação de lógicas temporais para os concursos e o incremento de relações laborais estáveis”.

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