No boletim epidemiológico do ACES Médio Tejo deste domingo ficou a registar-se um aumento de sete casos na região, passando a ter agora 32 pessoas infetadas com o coronavírus. No total na região existem 227 vigilâncias ativas e 114 passivas.
Abrantes passou de três para sete pessoas que testaram positivo em relação à COVID-19, um aumento de mais quatro casos positivos. O número de pessoas que passaram a estar no quadro de vigilância ativa disparou para 57 pessoas que têm de estar confinadas a casa durante os 14 dias que dura o período de quarentena.
No relatório divulgado este domingo Tomar continua a ser a localidade do Médio Tejo com mais situações. Nove pessoas que testaram positivo, tem agora mais duas situações em relação a sábado, e 70 que estão em modo de vigilância ativa.
O outro novo caso de infeção com o coronavírus verificou-se em Ferreira do Zêzere que tem também duas pessoas em vigilância ativa.
Ainda segundo os dados divulgados hoje Ourém regista cinco casos positivos e 11 vigilâncias ativas e Alcanena três pessoas infetadas e 11 vigilâncias.
No boletim deste domingo Sardoal tem um caso de uma pessoa infetada e cinco em vigilância ativa.
Barquinha e Constância continuam a registar um caso cada, mas se Constância não têm vigilâncias ativas a Barquinha tem 12 pessoas em casa, nesta situação.
De referir que apenas Mação e Entroncamento não têm no Médio Tejo qualquer caso positivo identificado. No entanto, Entroncamento tem cinco pessoas em vigilância e Mação três.
Ao nível dos óbitos a região do Médio Tejo continua a registar dois óbitos (Alcanena e Tomar).
Mesmo assim Maria dos Anjos Esperança diz que as pessoas têm de fazer o que no geral têm feito. “No Médio Tejo tivemos um aumento de 25 – 26% do número de casos, que era expectável” diz a delegada der Saúde do ACES Médio Tejo que acrescenta que os grupos etários mais afetados, tal como no país, são os dos 50 e 60 anos. Mas deixa uma nota de que no Médio Tejo “estamos a ter casos de jovens afetados. Hoje tivemos dois jovens em Tomar”, diz a médica e depois acrescenta que em Abrantes há também uma mãe com o filho que testaram positivo.
“Temos poucos profissionais de saúde com COVID confirmado, mas temos alguns jovens”, vinca a delegada de saúde.
Os casos que chegam de locais não citadinos, das aldeias, é “porque as pessoas ainda convivem muito sem ligar às regras e aos conselhos do distanciamento social”.
Questionada sobre se estes novos casos positivos são de pessoas que estavam em vigilância ativa a delegada de Saúde Pública diz que sim e deu o exemplo da mãe e filho de Abrantes que estavam já em vigilância. É por isto que o confinamento dos 14 é tão necessário porque o coronavírus pode não dar sintomatologia imediata.
Mas a delgada de saúde pública alerta para que não se pode inferir que, por exemplo, Abrantes tem 57 vigilâncias e que todas vão dar positivo. Não vão, afirmou a médica de saúde pública ao mesmo tempo que alerta que os números ainda vão subir e que temos de continuar a “portar-nos bem e a cumprir as recomendações”.
Maria dos Anjos Esperança, Saúde Pública do Médio Tejo
O ACES Médio Tejo aglutina os concelhos de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha.
Vila de Rei e Sertã são dois concelhos que pertencem à Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, mas que na área da Saúde dependem de Castelo Branco, nomeadamente do Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Interior Sul, que monitoriza estas situações.