Dois dos idosos do lar da Póvoa de Santarém com covid-19 que estavam internados no Hospital Distrital de Santarém (HDS) morreram na noite de hoje, disseram fontes hospitalares e da proteção civil.
A presidente do Conselho de Administração do HDS, Ana Infante, disse à Lusa que os dois idosos tinham “prognóstico reservado e comorbilidades associadas”.
O presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves (PSD), adiantou que, dos 13 idosos da Casa de Repouso Fonte Serrã, situada na Póvoa de Santarém, que foram internados no HDS por apresentarem sintomas associados à covid-19, apenas oito permanecem nesta unidade hospitalar.
Além das duas pessoas que morreram, três utentes que deixaram de apresentar sintomas regressaram à Fonte Serrã, permanecendo ainda internados na unidade de Abrantes do Centro Hospitalar do Médio Tejo outros nove utentes deste lar.
O surto da covid-19 na Casa de Repouso Fonte Serrã foi detetado no passado dia 25 de agosto, depois de terem sido testados todos os utentes e funcionários, dado que a médica e a enfermeira que prestavam serviço naquela instituição tinham testado positivo.
Na Casa de Repouso Fonte Serrã foram detetados 55 casos positivos, dos quais 42 são utentes e 13 funcionários.
Os 18 utentes do lar que testaram negativo foram transferidos na passada quinta-feira para um lar em Fátima, no concelho de Ourém (distrito de Santarém).
Também na quinta-feira, foram identificadas, num outro lar do concelho de Santarém, a Quinta Valemonte, situada na Portela das Padeiras, mais 14 pessoas infetadas com covid-19 (10 utentes e quatro funcionários), tendo dois dos idosos, os únicos que apresentavam sintomas, sido internados no HDS.
O lar tem 57 pessoas (33 utentes e 24 funcionários).
Ricardo Gonçalves sublinhou que todas as decisões são tomadas ao nível da Comissão Distrital de Proteção Civil, fundamentadas em pareceres dos técnicos de saúde e da segurança social, sendo as medidas adotadas feitas “dentro das normas” aí estabelecidas.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 875 mil mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 1.833 em Portugal.
Lusa